O deputado federal Pedro Cunha Lima, do PSDB, que participou de reunião da bancada paraibana com o presidente Michel Temer, ontem, em Brasília e com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, para discutir a crise hídrica enfrentada pelo Estado, informou que o mandatário assegurou o empenho do Planalto para ajudar a Paraíba. Temer visita, hoje, o Ceará e Pernambuco, dentro de um roteiro de deslocamentos ao Norte e Nordeste. O deputado federal Benjamin Maranhão, coordenador da bancada federal e filiado ao SD, confirmou que foi positiva a audiência de senadores e deputados com o presidente.
Na ocasião, foi entregue uma carta solicitando a construção de adutoras de engate rápido, um maior aporte de recursos para a contratação de carros-pipa e para a construção de cisternas. De acordo com Pedro Cunha Lima, também foi reivindicado o empenho completo do presidente para que as obras de transposição das águas do rio São Francisco sejam encaradas como prioridade absoluta, “como assunto de segurança e emergência nacional”, de forma a serem concluídas dentro de um cronograma rápido, com a expectativa de que cheguem ao Eixo Leste, no município paraibano de Monteiro, em abril do próximo ano. O presidente garantiu ainda empeno para inclusão do ramal Piancó dentro do projeto de interligação de bacias.
A questão do desabastecimento de Campina Grande foi levada ao conhecimento do presidente da República, com a ressalva de que a cidade vive o pior momento de sua história. Estiveram presentes os senadores José Maranhão, Raimundo Lira, Deca do Atacadão e os deputados Pedro Cunha Lima, Efraim Filho, Wilson Filho, Rômulo Gouveia e Aguinaldo Ribeiro. Benjamin Maranhão disse que foi cogitada a hipótese de liberação de recursos por meio de Medida Provisória. “Tivemos uma excelente receptividade por parte do presidente, que foi sensível ao relato da situação vivida pelos paraibanos. Essa foi uma reunião de trabalho que demonstrou a união da bancada em prol do Estado”, frisou. As ações emergenciais reivindicadas têm como objetivo aliviar o sofrimento das famílias que amargam a convivência com a escassez de água e ainda precisam lidar com a forma mal planejada de fazer com que o líquido chegue até elas.
Por Nonato Guedes
