Os servidores do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba foram os grandes homenageados, hoje, nas cerimônias alusivas aos cinquenta e dois anos de funcionamento do TCE, constando de desfile de cadetes da Polícia Militar com a participação da Banda 5 de Agosto, da mesma corporação, cântico do Hino Nacional e hasteamento de bandeiras. Coube ao decano Arnóbio Viana erguer a Bandeira Nacional, à procuradora Elvira Samara Perreira de Oliveira a Bandeira da Paraíba e à auditora de controle externo Zaíra Guerra a do TCE.
Houve sessão extraordinária destinada à entrega da Medalha Cunha Pedrosa a dois integrantes do corpo funcional – José Francisco Valério Neto e Francisco Lins Barreto Filho, a primeira pelo conselheiro Fernando Catão e a segunda pelo também conselheiro André Carlo Torres Pontes.
O presidente do TCE, conselheiro Nominando Diniz, observou, na abertura da sessão, que a Medalha Cunha Pedrosa contemplava a força de trabalho, o talento e a dedicação dos homenageados. Ressaltou que os quadros funcionais transformaram o Tribunal de Contas no organismo ágil, moderno e nacionalmente respeitado e revelou o propósito de fazer com que mais servidores, e não apenas vultos e personagens externos, possam receber a maior honraria da Casa. Ao falar da formação do primeiro grupo de conselheiros, ele disse que há 52 anos o governador João Agripino teve o cuidado de reunir uma plêiade de valorosos homens públicos.
Em breve discurso, Valério Neto considerou tão importante quanto a medalha que lhe era conferida o fato de, aos 90 anos de idade, sentir-se útil e necessário. Francisco Lins dedicou a comenda aos companheiros de trabalho igualmente comprometidos com a decência, a dignidade e o cuidado com a coisa pública. Em 1967 a Paraíba compunha, com Pernambuco e Sergipe, a lista das três únicas unidades da Federação desprovidas de suas Cortes de Contas. Em dezembro desse mesmo ano, o pernambucano Nilo Coelho supriria, em seu governo e terra, essa necessidade. Em Sergipe, isso ocorreria dois anos depois. Ou seja, sequencialmente, as populações dos três Estados passavam, em tempo relativamente curto, a dispor dos meios e instrumentos necessários ao controle dos gastos públicos estaduais e municipais. O Tribunal de Contas da Paraíba foi criado em 17 de agosto de 1970 pelo decreto 3.621 do então governador João Agripino, ocorrendo a sua instalação em primeiro de março do ano seguinte. Ao longo de 52 anos de funcionamento, a Corte de Contas dos paraibanos inscreve-se entre as mais ágeis e modernas do país.