Na ausência do governador eleito João Azevêdo, ainda em férias após a intensa campanha eleitoral, o atual governador Ricardo Coutinho (PSB) informou que a Paraíba estará omissa na reunião convocada para Brasília pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) por falta de convite. De acordo coma versão do socialista paraibano, Bolsonaro não convidou nenhum governador e o evento estaria sendo promovido por três gestores, apenas. Os Estados do Nordeste estarão representados pelo governador do Piauí, Wellington Dias, do PT, incumbido de levar uma carta com as reivindicações da região para os próximos quatro anos.
Coutinho salientou que os governadores nordestinos se reunirão em uma outra data para definir um possível encontro posterior com o presidente eleito a fim de tratar de assuntos referentes à política da região. O Nordeste se reunirá na outra semana, no dia 21 ou 22. Vamos tratar da política regional, com a presença do governador João Azevêdo, frisou Ricardo, acrescentando que os pleitos do Nordeste envolvem desejos de respeito na convivência, que é fundamental, e de respeito ao nosso direito de crescer. A Agência Brasil noticiou, ontem, que Bolsonaro iria se encontrar em Brasília hoje com pelo menos 18 governadores eleitos ou reeleitos, adiantando que o encontro estava sendo organizado pelos futuros gestores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e de São Paulo, João Doria. Vazou a notícia de que estava marcado para as 9h o encontro no Centro Internacional de Convenções de Brasília, próximo do Centro Cultural Banco do Brasil, local de trabalho da equipe de transição de governo.
Bolsonaro chegou ontem a Brasília, seguindo para o CCBB, com passagens pelo Congresso Nacional e reuniões com representantes de outros Poderes. Os organizadores da reunião de governadores anteciparam que a ideia era que fosse um encontro de aproximação, mas admitiram que ainda faltava confirmação do futuro presidente. O vice-governador da Bahia, João Leão, que é o governador em exercício, anunciou que iria representar o Estado. Na lista inicial dos que confirmaram presenças não constava o nome do governador eleito da Paraíba. Numa entrevista coletiva no Superior Tribunal Militar, Bolsonaro disse que pretende reduzir em 30% o número de servidores comissionados no Executivo. Ele reconheceu a importância de servidores indicados politicamente, mas disse que há exagero nos ministérios.
Nas redes sociais, o presidente eleito anunciou o general da reserva Fernando Azevedo e Silva como futuro ministro da Defesa. O militar ajudou na formulação de propostas para a campanha do capitão reformado e atualmente assessora a presidência do Supremo Tribunal Federal, chefiada pelo ministro Dias Toffoli. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador eleito Major Olímpio (PSL-SP) reuniram-se ontem com Paulo Guedes, futuro ministro da Economia do governo, para tratar de pautas-bombas que possam impactar o Orçamento da próxima gestão. A orientação no âmbito do Congresso será no sentido de evitar a votação das tais pautas-bombas.
Nonato Guedes