A Paraíba não figura entre os seis Estados com perspectivas otimistas de combate à recessão nos primeiros meses de 2019, mas o governador João Azevedo não perde o otimismo e garante que haverá um empenho concentrado com vistas a manter o equilíbrio financeiro do Estado. Lembra que desde 2015 tem havido retração na economia, com consequências diretas na construção civil que deixou de gerar empregos, o que impactou na gestão estadual. Ainda assim, observou, graças à política de austeridade colocada em prática pelo ex-governador Ricardo Coutinho o quadro é administrável dentro das limitações.
No depoimento que concedeu à revistaEdificar, o governador situou que tem sido mantido em dia o pagamento aos servidores e aos fornecedores. Em paralelo, foi executado um plano de obras arrojado que possibilitou que a Paraíba alcançasse níveis razoáveis de competitividade. Somos o primeiro do Nordeste, o nono do Brasil e em infraestrutura somos o segundo do país. Isso é fruto de uma administração que tem a consciência de, quando possível, fortalecer a política salarial com responsabilidade, porque não adianta conceder reajuste salarial e não ter condições de pagar ,enfatizou. O chefe do Executivo anunciou o interesse de manter uma relação transparente com as entidades que representam categorias do funcionalismo público.
Indagado sobre como vai ser a postura do seu governo em relação à Universidade Estadual da Paraíba, que travou embates difíceis com a gestão de Ricardo Coutinho, principalmente em torno do repasse de duodécimo para funcionamento da instituição, lembrou que atualmente o orçamento da UEPB é estimado em R$ 290 milhões e que nenhum curso novo foi aberto, o que significa que o governo não pode ser responsabilizado por eventual acréscimo de despesas. O Estado tem procurado cumprir, da melhor maneira, a sua parte. Agora, há limites, dentro da lei orçamentária, baseados numa perspectiva de receita e se ela não se concretiza será impossível, obviamente, manter a projeção de despesas, assinalou, sugerindo que os dirigentes da Universidade também assumam o ônus que lhe cabem nesse contexto.
João Azevedo continua intensificando reuniões com secretários e ocupantes de outros cargos de escalões intermediários a fim de ajustar os parâmetros que idealizou para a sua gestão. Ele não abre mão do acompanhamento da projeção de metas que foram traçadas, pontuando que há urgência na continuidade de obras deixadas pelo antecessor Ricardo Coutinho e na entrega das que estão plenamente concluídas e em condições de atender à população. Temos um cronograma de prioridades e estamos atento ao cumprimento desse cronograma, que em última análise significa o resgate dos compromissos que assumimos com a população da Paraíba na campanha eleitoral, concluiu.
Nonato Guedes