O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) sinalizou, definitivamente, que vai extinguir o ministério do Trabalho, criado no período de poder empalmado por Getúlio Vargas a Pasta ficará diluída entre outras, sem maior autonomia nem possibilidade de representatividade legal para sindicatos e entidades dos trabalhadores. A medida é polêmica e encarada como uma manobra revanchista do presidente eleito contra instituições sindicais vinculadas ao Partido dos Trabalhadores, a exemplo da CUT. As reclamações decorrem, ainda, do fato de que a cobrança do imposto sindical, responsável pela sustentação da quase totalidade dos órgãos de classe, ficará vulnerável com a extinção do ministério.
Bolsonaro e seus interlocutores têm deixado claro que pretendem desmontar a suposta máquina de poder enraizada pelo PT durante os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as gestões de Dilma Rousseff, sendo que, na segunda, ela sofreu processo de impeachment e a titularidade foi assumida por Michel Temer, do MDB, que está concluindo uma passagem pífia pelo cargo. O presidente eleito praticamente fechou a composição do seu ministério e somente a partir de agora é que vai deflagrar conversações com líderes de partidos no Congresso Nacional para a aprovação de matérias que tratam de reformas consideradas essenciais para o êxito do futuro governo.
Em princípio, o ministério de Jair Bolsonaro, pelo desenho até agora revelado à imprensa, é composto de generais, economistas, políticos, um ex-juiz, um diplomata e até um astronauta. Até a última quarta-feira, 28, os nomes definidos pelo presidente eleito foram os seguintes: General Augusto Heleno (GSI, General Santa Cruz (Governo), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), OnyxLorenzoni (Casa Civil), Tarcisio Gomes de Freitas (Infraestrutura), Marcelo Álvaro Antônio (Turismo), Marcos Pontes (o astronauta), titular da Ciência e Tecnologia, Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional), Osmar Terra (Cidadania), Gustavo Bebiano (Secretaria-Geral), Tereza Cristina (Agricultura), Paulo Guedes (Economia), Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Ricardo Vélez Rodríguez (Educação), Sergio Moro (Justiça) e General Fernando Azevedo e Silva (Defesa).
Nonato Guedes, com agências