O senador paraibano Cássio Cunha Lima, do PSDB, elogiou a escolha do juiz Sérgio Moro para ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PSL). Destoando do coro de críticas de alguns políticos ao futuro ministro, Cunha Lima expressou o ponto de vista de que não há ninguém que reúna melhores condições do que Moro para implantar um novo sistema de combate à corrupção e ao crime organizado. Destacou a experiência assimilada por Moro no comando da operação Lava Jato e na articulação com organizações e instituições de outros países que também combateram os corruptos.
O nome de Cássio, que não conseguiu se reeleger ao Senado este ano, tem sido ventilado em meios políticos como opção para integrar o governo de Bolsonaro, sem especificação de pasta. O parlamentar, entretanto, não confirma as especulações a esse respeito e tem dito que, uma vez encerrado o seu mandato, vai atuar em banca de advocacia conceituada em Brasília. Ele já descartou a possibilidade de concorrer novamente à prefeitura de Campina Grande. Cássio foi eleito por três vezes para o cargo e tem externado a opinião de que os espaços devem ser ocupados por líderes questão se anunciando pretendentes a candidato.
No que diz respeito aos comentários acerca da escolha de Sérgio Moro para um superministério no governo de Jair Bolsonaro, o deputado federal eleito pela Paraíba Julian Lemos (PSL), que compõe a equipe de transição do presidente eleito, estranhou e refutou as críticas que têm sido feitas a Moro por ter trocado a toga de magistrado pela militância política como integrante da futura gestão. Não vejo um cidadão de bem ou um político com a conduta ilibada que esteja preocupado com a atuação de Sérgio Moro como ministro da Justiça e da Segurança Pública. Agora, quem roubou, não tenho dúvidas, tem que botar as barbas de molho.
De acordo com a Folhapress, citando como fonte o deputado federal e futuro ministro da Casa Civil, OnyxLorenzoni, do DEM-RS, o presidente eleito assinou uma lista com 24 nomes da equipe de transição. Lorenzoni fez a declaração ao sair de uma reunião na casa de Bolsonaro na Barrada Tijuca, zona oeste do Rio. Com uma pasta azul nas mãos, Lorenzoni não deu detalhes sobre as pessoas escolhidas. Os nomes estão todos aqui, assinados por ele, para serem levados. Estarão publicados no Diário Oficial de segunda-feira à noite, assegurou. E acrescentou: Este é o momento de falar pouco e trabalhar muito. Confirmou que Bolsonaro viaja na terça para Brasília e se encontra na quarta às 16h com o atual presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto.
Nonato Guedes