Junto aos mais diferentes setores da sociedade paraibana a expectativa é positiva em relação ao governo de João Azevedo (PSB), que sucederá a Ricardo Coutinho, embora o governador eleito não tenha avançado novas informações sobre planos de metas ou alterações que possa vir a introduzir na máquina administrativa a partir de 20019. Azevedo tornou-se, inclusive, lacônico nos últimos dias acerca de nomes que restam para o primeiro escalão ou escalões intermediários e não há vazamento de versões por parte do círculo já sob sua órbita na preparação da futura administração.
Faltam definições mais claras sobre privatizações de empresas estatais, extinção ou não de pastas e órgãos que compõem a estrutura administrativa, mas é certo que Azevedo perseguirá de forma obsessiva medidas de enxugamento para efeito de redução de custos e de contribuição ao equilíbrio financeiro que tem sido mantido por Ricardo Coutinho em oito anos de gestão. Segmentos do funcionalismo público reclamam que não dispõem de sinais concretos sobre políticas que o novo governador planeja implementar nessa área ainda assim, representantes de inúmeras categorias asseguram que estão dispostas a dar um crédito de confiança, dentro da tradicional trégua conferida a governantes.
Um dado que tem chamado a atenção em declarações de João Azevedo é a sua reiteração da afinidade com o governador Ricardo Coutinho. Azevedo tanto se esmera no reconhecimento da ação empreendedora de Coutinho no período em que está administrando a Paraíba como se compromete com a continuidade da execução de programas prioritários com repercussão social. Em paralelo, o governador Ricardo Coutinho retribui palavras elogiosas de Azevedo e chegou a dizer que este fará um governo melhor do que o seu.
No que diz respeito a perspectivas de apoio que venha a ter no governo do presidente Jair Bolsonaro, João Azevedo já sinalizou que atuará em bloco com outros governadores eleitos, especialmente do Nordeste, para pressionar o Planalto a atender demandas de Estados que estão congeladas. O governador eleito faz parte do Fórum de Governadores escalado para o futuro período administrativo e que pretende funcionar como mecanismo de mobilização permanente e, consequentemente, de pressão junto ao governo federal não só para dialogar como para equacionar as reivindicações pendentes.
Nonato Guedes