Em sua coluna, direto de Brasília, no Correio da Paraíba de hoje, Edinho Magalhães comenta a MP Antifraude, ou seja, Programas Especiais para Análise e Revisão de Benefícios que o presidente Jair Bolsonaro assinou na última sexta-feira, antes de embarcar para a Conferência de Davos, na Suíça. A revisão faz parte da reforma da Previdência Social que trata da modernização e informatização dos dados dos assistidos e beneficiários do INSS. O colunista lembra que o ex-presidente nacional do INSS, o deputado federal suplente Leonardo Gadelha, poderá colaborar bastante se for ouvido pelo governo Bolsonaro na condução das discussões em torno da reforma previdenciária em pauta no Congresso.
Filho do deputado federal Marcondes Gadelha (PSC), que está concluindo o mandato no qual se investiu com a morte de Rômulo Gouveia (PSD), Leonardo é, também, atualmente, consultor legislativo do Senado. Na sua gestão como presidente do INSS, durante o governo do presidente Michel Temer, Leonardo anteviu a necessidade de uma revisão dos benefícios concedidos a segurados para detectar possíveis irregularidades que estivessem ocorrendo. O paraibano chegou a preparar as diretrizes e normativos para aplicação de um sistema inteligente capaz de contribuir para aprimorar a estrutura previdenciária a partir da correção de abusos.
A previsão do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) é de que a revisão de alguns benefícios e a implantação de um sistema integrado de dados inteligente possam evitar fraudes e ocasionar uma economia de quase R$ 10 bilhões, somente este ano. A avaliação em Brasília é a de que, se aplicada corretamente, diferente do modelo que foi tentado na gestão de Ricardo Berzoini no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e que se mostrou desastroso, a iniciativa tende a produzir bons resultados, evitando a distorção mediante a qual os bons pagam pelos maus contribuintes.