O ministro do STF Alexandre de Moraes usou sua conta no Twitter para criticar, na madrugada deste domingo (22), a trama sobre tráfico de drogas na novela “A Força do Querer”, da rede Globo, e bater-boca com internautas.
Moraes havia acusado a trama escrita por Glória Perez de glamorizar o tráfico durante palestra em São Paulo na sexta (20). No final de semana, foi ao Twitter responder a críticas sobre o posicionamento: “Vocês concordam com o glamour do tráfico de drogas, banhado a sangue contra o trabalho sério do povo brasileiro?”, escreveu.
Minutos antes, havia feito críticas a um texto do jornalista Josias de Souza, publicado no “UOL”, a respeito da declaração sobre a novela das 21h, que terminou nesta semana.
Na palestra na EPM (Escola Paulista de Magistratura) Moraes falou sobre a abordagem feita na novela por meio da personagem Bibi Perigosa (Juliana Paes), baseada em uma história real de uma das mulheres de chefes do tráfico.
“Mostra aqueles bailes funk, fuzil na mão, colarzão de ouro, mulheres fazendo fila para os líderes do tráfico, só alegria. Aí mostra a Bibi, que se regenerou, ela tentando procurar emprego e não conseguindo. Qual é a ideia que é dada? Que é melhor você não largar”, afirmou, segundo a rádio “Jovem Pan”.
Nas respostas ao tuíte, o ministro da mais alta Corte brasileira manda usuários que discordam de sua opinião irem trabalhar.
Em um dos posts, um usuário afirma que “o pior mesmo é quando pessoas como você apoiam nossa política falida de guerra as drogas que leva milhares de brasileiros à morte todos os anos”. Moraes responde em seguida: “Pelo jeito para você é melhor milhares morrerem. Talvez seja melhor trabalhar.”
Outro internauta responde o ministro do STF, que quando ocupava a pasta da Justiça no governo de Michel Temer tinha como ambição erradicar o comércio e uso de maconha no Brasil, criticando seu apoio à “guerra às drogas”.
E faz referência a um vídeo de Moraes, então ministro da Justiça, cortando pés de maconha no Paraguai, que viralizou na internet à época. “Vai cortar pé de maconha, bicho…”, diz o post. “Vá trabalhar!”, retruca o ministro.
Fonte: Folha de São Paulo