A decisão do procurador-geral da República de rever as delações dos executivos da JBS repercutiu de forma intensa no início da noite de ontem. Mas a morte de Rogéria dividiu um pouco os comentários nas redes sociais. Estamos falando de Astolfo Barroso Pinto, popularmente conhecido como a atriz Rogéria, que morreu ontem aos 74 anos, no Rio de Janeiro, no hospital da Unimed, onde estava internada desde o início de agosto com infecção urinária e vítima de choque séptico.
Rogéria se definia como travesti da família brasileira. De fato, como transformista, adentrou os lares da família brasileira sem chocar ninguém. Sempre levavam pelo lado irreverente, caricato e quando isso acontece sempre parece mais fácil aceitar aquilo que é diferente do que a gente é ou do que achamos correto.
A sua morte causou comoção, com diversos artistas e fãs lamentando. A jornalista Poliana Abritta, por exemplo, escreveu em sua rede social: Acordei aqui com esta triste notícia… E essa foto me fez pensar em como será que ela se viu? A gente a via como a forte, a inspiradora, a desbravadora… Rogéria chegava e trazia junto toda a força da sua presença, a sua história! A gargalhada, o olhar penetrante, a artista inesquecível, a doçura… Que você tenha encontra um lindo balé, Rogéria… como o que me mandou de presente para que eu assistisse.
O escritor Marcelino Freire classificou Rogéria como ainda mais divina: Orgulho ter conhecido uma artista desta grandeza. E a emoção de tê-la recebido como convidada da #baladaliteraria do ano passado (registro acima). Valeu, Rogéria, por tudo que você deixou aceso em nosso coração. Descanse em paz, guerreira. Nossa querida Divina Diva. Agora ainda mais divina. Eterna gratidão. Walcyr Carrasco comentou, em seu perfil no Instagram: Rogéria foi uma pioneira. Conseguiu ser famosa num mundo preconceituoso. Eu a conheci pessoalmente e garanto, tinha o brilho da estrela que sempre foi. Viva Rogéria”
Na Paraíba, a morte de Rogéria também foi motivo de comentários nas redes sociais. O jornalista e poeta Carlos Aranha falou que tinha doces recordações pessoais de Rogéria. O radialista Sérgio Botelho Júnior destacou que morreu a maior estrela do transformismo nacional. Áurea Cristina Barros ressaltou que o Brasil perdia uma artista completa e que a arte estava de luto. Diego Rasia comentou: Uma estrela não se apaga nunca. Se transforma, se recarrega, transcende, transpõe. Muito obrigado por tudo, Rogéria! Você sempre trouxe luz e alegria a todos os públicos de todas as tribos. E trouxe esperança e notoriedade pra uma categoria tão discriminada em todos os setores. Missão cumprida? Sem dúvida! Ainda há muito a ser feito, mas que venham outros e outras dar continuidade ao caminho bonito que você com seu infinito talento trilhou…
Linaldo Guedes