O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, do PSDB, transferiu o cargo por quinze dias ao vice-prefeito Enivaldo Ribeiro (PP) e anunciou que viajará de férias com a família. Romero prometeu que antes do carnaval anunciará uma decisão sobre se será ou não candidato a governador pela agremiação tucana. Já Enivaldo Ribeiro informou que no período à frente da prefeitura dará continuidade à programação administrativa executada por Romero, procurando corresponder à confiança e à parceria que os levaram a se coligar no pleito de 2016.
Enivaldo já foi prefeito de Campina Grande, deputado estadual e deputado federal. Presidente do Partido Progressista no Estado, é pai do deputado federal e ex-ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e da deputada estadual Daniella Ribeiro. Romero Rodrigues frisou que pretende promover uma reforma administrativa em abril e acenou com a possibilidade de redução de secretarias, caso a crise financeira continue afetando as finanças da prefeitura.Ele lembrou que a conjuntura de crise é nacional e que nas respectivas regiões os prefeitos procuram compensações e fórmulas de adequação ao cenário.
Romero Rodrigues referiu-se aos comentários sobre retomada do desenvolvimento e reação da economia, observando que tal realidade não chegou na prefeitura da Rainha da Borborema. “Por isso, persistindo a crise, nós vamos reduzir o número de secretarias como uma das alternativas de contenção”, acrescentou. O prefeito licenciado explicou que precisa tomar uma decisão antes do carnaval sobre se será ou não candidato ao governo do Estado em 2018 tendo em vista que outras pessoas dependem dele. No agrupamento oposicionista ao governo Ricardo Coutinho de que Romero faz parte,ele e o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, do PSD, dividem preferências pela candidatura ao Palácio da Redenção.
O senador Cássio Cunha Lima, o expoente maior do PSDB na Paraíba, que já foi defensor árduo da unidade entre PSDB, PMDB, PSD e PP para a disputa eleitoral ao governo no próximo ano, ultimamente passou a admitir candidatura própria tucana, observando que há um desejo natural dos partidos quanto à ocupação de espaços para o próprio fortalecimento. Mas tem reiterado que se for necessária a participação do PSDB numa frente para enfraquecer o esquema político do governador Ricardo Coutinho não se oporá à discussão de outras opções para o páreo. “O importante é que continuemos a linha de entendimento, respeitando as peculiaridades de cada partido”, enfatiza Cássio.
Nonato Guedes