A partir de hoje faltam exatos 30 dias para o governador Ricardo Coutinho (PSB) e o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB) se desincompatibilizarem dos cargos, caso pretendam disputar mandatos eletivos em outubro. A respeito do governador, tem sido recorrente a especulação sobre uma provável candidatura ao Senado, com chances de vitória, mas ele tem afirmado que isto não é prioridade absoluta e que sua preocupação está focada na continuidade do programa de governo que vem implementando na Paraíba através de um candidato identificado com seu ideário, que, no caso, a dados de hoje, continua sendo o secretário de Recursos Hídricos e Infraestrutura, João Azevedo.
O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, movimentou-se com intensidade para ser indicado candidato do bloco oposicionista ao governo do Estado, mas refreou o ímpeto depois que o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD) saiu da corrida pelo Palácio da Redenção, agastado com a falta de consenso nas oposições. Aliados de Romero consideram que ele saiu fortalecido depois que Cartaxo optou por permanecer na gestão municipal pessoense. Isto não tem sido suficiente, porém, para Rodrigues firmar uma posição categórica, o que gera dúvidas no seu próprio círculo íntimo.
No que diz respeito ao governador Ricardo Coutinho, pessoas próximas estimam que ele deixará o cargo no dia 07 de abril, formalizando, então, a intenção de concorrer a uma vaga de senador. Há quem sustente, porém, a versão de que há mais torcida do que definição da parte do gestor socialista em relação a disputar mandato eletivo. Já o vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior, do MDB, não precisará se desincompatibilizar do cargo caso decida disputar uma vaga de deputado federal ou de senador, conforme projetam alguns aliados seus. No entanto, ele ficará impedido, nessa circunstância, de substituir Luciano Cartaxo até seis meses antes da eleição. Os senadores Cássio Cunha Lima (PSDB), cogitado para disputar o governo, e José Maranhão, que se lançou ao governo pelo MDB, não precisam se desincompatibilizar para a disputa. E podem disputar a reeleição ao cargo (principalmente Cássio, cujo mandato de senador expira entre o final deste ano e o primeiro dia de 2019).
Nonato Guedes