Começa hoje o julgamento da presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Hoffmann, do Paraná, no âmbito da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal. A parlamentar é acusada de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro por ter recebido R$ 1 milhão em espécie, supostamente desviado da Petrobras para financiar a sua campanha em 2010. Gleisi Hoffmann é a segunda ré da Operação Lava-Jato a ser julgada pelo Supremo. O primeiro foi o deputado Nelson Meurer, do PP.
Ontem, a Procuradoria Geral da República enviou à Segunda Turma documento em que reforça a acusação contra a senadora Gleisi Hoffmann e pede a condenação. No entendimento da Procuradora-Geral, Raquel Dodge, Gleisi e seu marido, Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento, cometeram ato de ofício para fins de corrupção. No caso de Paulo Bernardo, o crime dele consistiu em conceder apoio político para manter Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Já com relação à senadora, o ato de ofício foi na modalidade omissiva, pois ela tinha o dever de fiscalizar os atos praticados por órgãos da administração pública.
– A senadora, expoente de seu partido político, locupletou-se dolosamente de todo um esquema de ilegalidades praticadas na Petrobras e, também por isso, deixou de cumprir com o seu dever de fiscalização assevera o documento.