Em entrevista à TV Senado, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que foi o presidente da Comissão Especial do Impeachment (CEI) do Senado Federal na primeira fase do processo, reafirmou a normalidade com que ocorreu o julgamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Ele enfatizou que em todas as etapas foi assegurado o direito de defesa da ex-presidente. O processo foi todo limpo e transparente, destacou.
Lira lembrou que as discussões surgidas durante o julgamento da ex-presidente, e que foram aprofundadas com a entrada de um recurso tentando barrar o processo, se assemelham às ocorridas na Comissão de Impeachment, quando a defesa entrou com 18 recursos à instância máxima, que era o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.
O senador paraibano ressaltou que todos os 18 recursos foram rejeitados, visto que o processo se desenvolveu da forma mais cristalina possível, e seguindo rigorosamente o respeito à Constituição Federal, ao Regimento Interno do Senado e a outras leis que regem o país.
Para ele, houve toda uma preocupação, tanto na Comissão do Impeachment, como também na sessão de julgamento, para que a defesa tivesse o amplo direito de apresentar os seus argumentos defendendo Dilma.
Lira enfatizou que as exposições da defesa e da acusação não trouxeram novidades ao processo, apenas reforçaram as posições já tomadas pelos senadores na fase da CEI.
Na mesma entrevista à TV Senado, Raimundo Lira afirmou que a tese de realização de um plebiscito para antecipar as eleições deveria ter sido sugerida há um ano, para que pudesse ser discutida.