A polêmica decisão do juiz José Ferreira Ramos de proibir a veiculação de um vídeo de Manoel Junior criticando a obra da Lagoa foi tema de um caloroso debate na tarde desta terça-feira (13) no Tribunal Regional Eleitoral.
Tudo por conta do julgamento de um mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado pela Coligação de Cida Ramos, objetivando derrubar a decisão do magistrado. O julgamento ficou empatado em 3 a 3, sendo necessário o voto de minerva da desembargadora Maria das Graças Morais Guedes para o desempate. O placar final foi 4 votos contra a liminar e 3 a favor.
O relator do processo, juiz Breno Wanderley, votou pelo indeferimento da liminar, mantendo por consequinte a decisão do juiz José Ferreira Ramos. Segundo ele, quando o vídeo com Manoel Junior foi gravado ele não era sequer candidato a vice na chapa de Luciano Cartaxo. “Está se entendendo que isso foi dito atualmente. Por isso que o juiz de primeiro grau está entendendo que dá forma como está sendo feito dá impressão que são críticas recentes”, afirmou o magistrado durante o julgamento.
A divergência foi aberta pelo juiz José Ricardo da Costa Freitas, que era favorável a derrubada da decisão do juiz José Ferreira Ramos. Segundo ele, o vídeo retrata uma opinião de Manoel Junior sobre a obra da Lagoa. Não importa se agora ele pensa diferente. O juiz Emiliano Zapata também concordou com a divergência. Para ele, o que o guia tentou mostrar foi a falta de coerência de Manoel Junior, uma vez que há bem pouco tempo ele fazia oposição ao prefeito Luciano Cartaxo.
Por LENILSON GUEDES