Mesmo com os problemas enfrentados pelo PMDB em pleno ano eleitoral, com o afastamento cautelar da prefeita Francisca Motta, com a prisão e soltura de Ylanna Motta, mãe do deputado federal Hugo Motta e com a candidatura do deputado Nabor Wanderley a prefeito “sub-judice”, uma pesquisa da ‘6 Sigma Ltda’, em parceria com o Sistema Correio de Comunicação, aponta que Nabor lidera a corrida sucessória na Rainha das Espinharas. Se as eleições para prefeito de Patos ocorressem hoje, o deputado e ex-prefeito Nabor Wanderley da Nóbrega Filho seria eleito com 41,4% dos votos, de acordo com o levantamento estimulado da ‘Sigma’. Em segundo lugar, ficaria o candidato do PSDB, o também deputado estadual Dinaldo Wanderley Filho (Dinaldinho), com 37,8% dos votos. O candidato do PT, Lenildo Morais, que é vice-prefeito e está como prefeito interino devido ao afastamento cautelar da prefeita Francisca Motta, investigada por supostas irregularidades, teria 3,8% das intenções de voto.
Os candidatos da Rede Sustentabilidade e do Psol, Professor Jacob e Silvano Morais, teriam 1,7% e 1,4%, respectivamente. Os votos nulos e brancos somariam 6,4%, e pelo menos 7,3% dos entrevistados não souberam responder. A pesquisa, divulgada hoje no jornal Correio da Paraíba, foi realizada entre os dias 15 e 16 do corrente mês com 600 eleitores em 23 bairros de Patos e no distrito de Santa Gertrudes. Foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba sob o número 03936/2016. A margem de erro, de acordo com a ‘6 Sigma’ é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A cidade de Patos, no Vale dos Espinharas, é o quinto maior colégio eleitoral da Paraíba, com 61.044 eleitores. Ali não há segundo turno.
A polarização na disputa envolve representantes de duas famílias políticas tradicionais influentes na localidade sertaneja. “Naborzinho”, como é conhecido o candidato do PMDB, é filho do ex-prefeito Nabor Wanderley, que administrou a cidade de Patos entre os anos de 1955 e 1959. Já “Dinaldinho”, como é conhecido o tucano, é filho do ex-prefeito Dinaldo Medeiros Wanderley, que administrou a cidade de Patos duas vezes na década de 1990. Dinaldo, o pai, foi eleito em 1992 e reeleito em 1996, derrotando, por duas vezes, o esquema de Nabor, para quem vem perdendo desde 2004.
Assim como aconteceu em João Pessoa e em Campina Grande, a empresa “6 Sigma’ dividiu a cidade de Patos em zonas para facilitar a aplicação dos questionários. Diferentemente da Capital e de Campina Grande, Patos tem uma zona a mais: a Central, que engloba a maioria dos eleitores de classe média e alta. Como se verifica na maioria dos municípios, em Patos o eleitor se divide entre situação e oposição desde o tempo em que a política era dominada pelo PSD e UDN, hoje representados pelo PMDB e PSDB. Há uma grande expectativa nos meios políticos paraibanos quanto aos desdobramentos da conjuntura política-eleitoral em Patos. Havia suposição de grande reviravolta em virtude dos últimos acontecimentos, mas a permanência de Nabor como favorito nas pesquisas indica que o PMDB está mantendo a situação sob controle, faltando 12 dias para a realização do pleito.
A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 16 deste mês com 600 eleitores em 23 bairros de Patos e no distrito de Santa Gertrudes. Foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) sob o número 03936/2016. A margem de erro, segundo a 6 Sigma, é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
Na cidade de Sousa, uma trégua entre grupos políticos adversários diante de atos de violência. O grupo do prefeito André Gadelha (PMDB), que concorre à reeleição, solidarizou-se com o adversário Fábio Tyrone (PSB), ex-prefeito, cujos familiares tiveram casas atingidas por disparos de elementos não identificados. O prefeito André Gadelha, que requisitou tropas federais, justificou: “Nós temos o mesmo efetivo de uma Companhia, mesmo sendo um Batalhão Policial. O combustível das viaturas foi cortado em mais da metade pelo governador (Ricardo Coutinho) e nossa cidade nunca registrou em sua história tantos assaltos, roubos e assassinatos, violência no geral, como agora”. Com receio da violência, André Gadelha foi sincero e ressaltou que não sabe se continuará permitindo que suas filhas menores tomem banho de sol na praça em frente à sua casa.
Por NONATO GUEDES