O deputado estadual Gervásio Maia, do PSB, que no começo do próximo ano assumirá a presidência da Assembleia Legislativa, declarou-se lisonjeado e até mesmo honrado com a lembrança do seu nome, por parte de algumas lideranças políticas do esquema liderado pelo governador Ricardo Coutinho, para concorrer ao governo do Estado em 2018. Salientou, porém, que é muito cedo para se abordar o assunto, tendo em vista que a campanha eleitoral para prefeitos e vereadores no Estado foi encerrada recentemente. No seu caso específico, em paralelo, vai procurar se familiarizar com a mecânica de funcionamento do Poder Legislativo.
– Eu estaria mentindo se dissesse que não fiquei lisonjeado com a menção ao meu nome como alternativa para governar o Estado. Esta é uma aspiração legítima de qualquer político. Entretanto, as definições deverão ocorrer no momento oportuno quando o processo for deflagrado. No esquema do governador Ricardo Coutinho há outros nomes disponíveis e com indiscutíveis méritos para postular o Palácio da Redenção. Uma decisão dessa natureza não é tomada isoladamente. Envolve consultas a forças políticas, a diretorianos e até a segmentos representativos da sociedade. Quanto a aceitar o desafio de concorrer, estarei pronto. Não sou de fugir da raia – expressou o parlamentar.
Gervásio foi eleito com antecedência para presidir a Assembleia Legislativa no período que começa a vigorar a partir do próximo ano. Sua eleição ocorreu concomitantemente com a do deputado Adriano Galdino, também do PSB, que até recentemente disputou a prefeitura de Campina Grande, sem êxito. Na época em que foi proclamado futuro presidente da AL – já que não se registrou disputa na sessão feita após a confirmação da ascensão de Adriano – Gervásio estava filiado aos quadros do PMDB. Ele deixou o partido por divergências com a cúpula estadual e, sobretudo, com o deputado federal Manoel Júnior. Surpreendeu a muitos ao se filiar ao PSB. Embora tenha feito críticas pontuais a setores do governo de Ricardo, Gervásio nunca fechou canais de interlocução com o governador Ricardo Coutinho. Esteve com ele na Granja Santana conduzindo lideranças municipais que iriam formular reivindicações em benefício de suas comunidades.
Filho do falecido deputado Gervásio Bonavides Maia, que presidiu a Assembleia Legislativa do Estado, figurou como candidato a vice-governador na chapa de Roberto Paulino em 2002, derrotada por Cássio Cunha Lima e foi secretário de Finanças da administração de Ricardo na prefeitura de João Pessoa, operando como um verdadeiro “xerife” das finanças públicas, o agora deputado socialista evitou tecer maiores comentários a respeito das implicações da disputa eleitoral deste ano, opinando que houve um balanceamento entre agrupamentos distintos no controle de prefeituras na Capital e em inúmeros outros municípios. “Gervasinho” não concorda que a derrota do esquema de Ricardo em centros importantes como a Capital e Campina Grande tenha sido provocada por suposto desgaste administrativo e político do chefe do executivo. “Nas eleições de prefeitos e vereadores, os fatores locais costumam ter peso bastante significativo”, explicitou o parlamentar.
Por último, Gervásio Maia considerou operosa a administração do governador Ricardo Coutinho, dando como exemplo que obras públicas estão sendo inauguradas e que outros investimentos de monta estão sendo executados a despeito da escassez de recursos por parte do governo federal e das perdas financeiras que têm se acumulado ao longo dos anos. “O governador tem conseguido assinalar tentos administrativos graças à política de austeridade que coloca em prática e à definição de prioridades que estabelece dentro do organograma das demandas”, frisou, observando que, espacialmente, há registros de obras da atual administração em localidades distintas de todo o Estado.
Por Nonato Guedes