A defesa do governador Ricardo Coutinho chamou de ineficiente o ex-gestor da PBPrev Hélio Fernandes Carneiro. Já o sucessor dele no órgão, o ex-deputado Ramalho Leite, é visto como “reconhecido gestor público e profundamente experiente no campo previdenciário”.
Ricardo é alvo de uma ação de investigação judicial eleitoral (AIJE), movida pelo PSDB, sob a acusação de uso político da PBPrev nas eleições de 2014. A ação já foi liberada para julgamento pelo plenário do Tribunal Regional Eleitoral, tendo como relatora a desembargadora Maria das Graças Morais.
O caso envolve o pagamento de retroativos de aposentadorias e pensões, com o intuito de beneficiar a candidatura do governador Ricardo Coutinho no pleito de 2014. De acordo com a denuncia, até 22 de outubro de 2014 foram beneficiadas aproximadamente 1 mil pessoas, cujos processos foram deferidos em verdadeira velocidade olímpica e que somadas as despesas chegam ao montante de R$ 10 milhões.
A defesa do governador alega que todos os processos administrativos, analisados, aprovados e eventualmente pagos, foram realizados dentro das atribuições legais da PBPrev.
Também responsabilizou o gestor Hélio Fernandes, que foi demitido em 19 de agosto de 2014, pela interrupção nos pagamentos, devido a uma orientação da Controladoria Geral do Estado. Com a saída dele, assumiu a presidência do órgão, o ex-deputado Ramalho Leite, que retomou os pagamentos.
Na defesa, Ricardo afirma que a drástica redução do volume de pagamentos ocorrida entre os meses de junho de 2013 a agosto de 2014 (período da gestão de Hélio) decorre exclusivamente “da ineficiência administrativa do ex-presidente”.