A cúpula estadual do PSDB, presidida pelo ex-deputado Ruy Carneiro, evita polemizar sobre a situação do deputado Antônio Mineral, filiado à legenda e que sinalizou que continuará votando favoravelmente às matérias encaminhadas pelo governo de Ricardo Coutinho, do PSB. Ruy desconversou sobre cogitações em torno de possível expulsão de Mineral dos quadros tucanos por alegada infidelidade, ressaltando que oficialmente o assunto não está sendo apreciado. Por sua vez, Mineral, em tom desafiador, revela que não teme medidas punitivas, justificando que as matérias nas quais tem se manifestado favoravelmente são de interesse da população paraibana.
Ruy Carneiro frisou que os líderes do PSDB no Estado ainda estão aprofundando discussões internas e informais sobre o resultado das últimas eleições municipais para, somente então, nortearem rumos a serem seguidos daqui para a frente, em especial com relação à conjuntura de 2018. Nesse contexto, de acordo com ele, é que atitudes como a de Mineral podem ser examinadas. O presidente estadual tucano preconiza que haja coerência entre a atitude de parlamentares filiados e a orientação emanada da executiva do PSDB, observando que isto é uma exigência do próprio eleitorado e uma necessidade da agremiação no sentido de harmonizar tendências por ocasião de definições próximas.
Antônio Mineral disse estranhar as versões de que esteja sob ameaça de punição, alegando que nos quatro anos da gestão anterior de Ricardo Coutinho e até agora, nunca votou contra projetos e outras matérias que o Executivo encaminhou para a Assembleia Legislativa. “Essa postura sempre foi entendida pelos dirigentes porque, na prática, eu nunca me posicionei contra o PSDB. Não sei a que atribuir a origem das insinuações que estão sendo feitas agora”, frisou. Ele concluiu alegando desconhecer a convocação de alguma reunião por parte da direção estadual com os membros da sigla e coloca-se na expectativa de um chamado para debater o assunto.
Por outro lado, o deputado Gervásio Maia, do PSB, escolhido para relatar o projeto da Lei Orçamentária Anual para o exercício de 2017, declarou ter iniciado a coleta de subsídios para elaboração do texto. Pelo calendário, Gervásio tem até o dia 26 deste mês para apresentar o parecer preliminar em relação à matéria. Em seguida, os parlamentares deverão marcar as audiências públicas com representantes do Executivo e do Legislativo, além de segmentos da comunidade. O prazo para o parecer definitivo se estende até 30 de novembro. Caso a tramitação seja cumprida, a partir do dia seis de dezembro o projeto poderá ser incluído na Ordem do Dia para apreciação final.
Por Nonato Guedes