O deputado federal Manoel Júnior (PMDB), que será investido a primeiro de janeiro na função de vice-prefeito de João Pessoa, desmentiu categoricamente hoje que pretenda acumular o cargo com a secretaria de Saúde do município, como tem sido ventilado em portais e outros órgãos de imprensa. O parlamentar ressalta estranhar a insistência com que a especulação tem sido feita, observando que em momento algum nem ele nem o prefeito reeleito Luciano Cartaxo cogitaram essa possibilidade ou trataram do assunto.
Na campanha eleitoral recente, dois rumores ganharam força: o de que Júnior só aceitara ser candidato a vice com a condição de poder acumular a pasta da Saúde na segunda gestão de Luciano Cartaxo, e outro insinuando que Cartaxo não completaria o mandato, passando-o na metade para Manoel Júnior enquanto, de sua parte, se lançaria candidato ao governo do Estado em 2018. Sobre essa especulação, o prefeito reeleito foi enfático e em pleno Guia Eleitoral, bem como em debates de que participou, desmontou as insinuações, assegurando que cumpriria integralmente o mandato, executando o programa de metas que foi anunciado à população pessoense.
Hoje, sintomaticamente, o irmão gêmeo do prefeito, Lucélio Cartaxo, também filiado aos quadros do PSD, admitiu a possibilidade de voltar a disputar mandato para cargo majoritário nas eleições de 2018, sem, entretanto, descer a detalhes do posto a que concorreria. Em 2014, Lucélio surpreendeu aos meios políticos lançando-se candidato a senador, apesar de nunca ter postulado mandato eletivo em João Pessoa ou no Estado. Bem votado numa disputa que envolvia pesos-pesados como o ex-governador José Maranhão, afinal eleito para a vaga senatorial, Lucélio continua participando das decisões políticas relacionadas ao projeto do grupo que o irmão lidera. Depois da sua investida em 2014, cogitou-se que o próximo passo seria concorrer a deputado federal, tendo em vista que de todo modo ele firmou seu nome em redutos eleitorais importantes do interior do Estado. Mas ao projetar interesse numa função majoritária, ele estimula dúvidas e especulações sobre qual o cargo que pretende, efetivamente, disputar no próximo pleito.
Por NONATO GUEDES