O senador licenciado Cássio Cunha Lima (PSDB) afirmou que embora as oposições tenham se fortalecido nas últimas eleições municipais, controlando prefeituras de importantes cidades da Paraíba, considera inoportuno ou precipitado o debate, já agora, em torno de alternativas para a disputa ao governo do Estado em 2018. O próprio Cássio tem sido colocado como alternativa nas discussões internas e em algumas declarações públicas, mas ele sugere que no momento oportuno seja feita uma avaliação das condições dos prováveis postulantes em termos de competitividade e chances de vitória.
Ele chamou a atenção para o fato de que administradores eleitos ou reeleitos em 2016 estão às voltas com desafios para a montagem de programas viáveis nas gestões que vigorarão a partir do próximo mês de janeiro. “Neste momento, eles estão empenhados numa luta dramática pela descoberta de fontes de recursos que possam viabilizar projetos, obras e investimentos a serem executados em benefício das populações. O dever dos representantes políticos nas Casas Legislativas é o de contribuir com esses gestores, indicando caminhos a serem seguidos na obtenção de mecanismos de sobrevivência dos municípios”, acentuou o parlamentar.
Cássio disputou o governo do Estado em três ocasiões – na última delas, em 2014, enfrentou sua primeira derrota, no confronto com o governador Ricardo Coutinho, mas ele observa que foi uma batalha desigual em que a oposição sofreu o rolo compressor da administração estadual. Confirmou que o PSDB está discutindo a participação nos governos de prefeitos vitoriosos como o de João Pessoa, Luciano Cartaxo, do PSD, que foi reeleito em primeiro turno, derrotando a professora Cida Ramos, candidata do PSB, apoiada diretamente pelo governador Ricardo Coutinho. Cássio diz que a participação dos tucanos na segunda gestão de Cartaxo é normal tendo em vista a aliança celebrada na campanha eleitoral.
Em Campina Grande, de acordo com ele, o prefeito reeleito Romero Rodrigues, do PSDB, prepara-se para manter uma postura equilibrada à frente da municipalidade, racionalizando os recursos disponíveis para aplicação em setores estritamente essenciais e contendo qualquer forma de desperdício que sacrifique as metas em discussão. “Administrar com realismo é um fato imperioso diante da conjuntura que estamos verificando no plano nacional e que ainda projeta incertezas para todos – do governo federal aos governos municipais”, salientou o senador tucano. Por último, ele lembrou que seu nome não é o único em pauta dentro do PSDB, no contexto das oposições locais, para a disputa ao governo do Estado. Adverte que a grande tarefa a ser construída é a manutenção da unidade, fortalecendo as gestões de cidades distantes que não contarão com reforço substancial do governo do Estado para suas demandas.
Por NONATO GUEDES