O senador em exercício José Gonzaga Sobrinho (Deca do Atacadão), que ocupa o mandato com o pedido de licença requerido por Cássio Cunha Lima para tratamento de problemas de saúde e assuntos particulares, ressaltou o “aprendizado” que está colhendo à frente do posto em Brasília. Além de participar de discussões importantes, em plenário e comissões, sobre temas da atualidade, de interesse do país e da Paraíba em particular, Deca do Atacadão tem cumprido rotina de contatos com ministros e outras autoridades do governo federal, encaminhando reivindicações das comunidades menos assistidas do Estado.
Ele diz que assumiu o mandato interinamente numa fase de intenso debate nacional estimulado, ainda, pelo processo recente de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e pela ascensão efetiva do presidente Michel Temer ao Palácio do Planalto. A despeito dos protestos ensaiados pelo PT e por aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da própria Dilma, o senador Deca avalia que a transição está se materializando de forma construtiva e que o governo de Michel Temer começa a encontrar soluções para questões econômicas e financeiras que constituem gargalos da administração federal.
– A sensação que temos é de que está surgindo alguma luz no fim do túnel – relata o parlamentar sertanejo, que afirma ser grato a Cássio Cunha Lima pela confiança depositada ao lhe passar o cargo. De sua parte, conforme ele, procurou, nesse período, corresponder às expectativas, e nesse sentido não deixou de se articular com colegas do partido e de outras legendas, trocando impressões acerca de projetos e matérias em tramitação naquela Casa do Congresso Nacional. Deca do Atacadão menciona como alternativas promissoras algumas mudanças ocorridas no capítulo da reforma política, que tem sido insistentemente cobrada pela sociedade.
Por outro lado, o parlamentar em exercício manifestou sua posição favorável à Proposta de Emenda Constitucional fixando um teto para gastos por parte dos poderes constituídos. Justifica que a gravidade da conjuntura nacional impõe medidas de contenção e de sacrifício por parte dos próprios gestores. “O exemplo maior deve partir dos gestores e dos demais políticos representantes do povo, para que se possa resgatar a própria credibilidade da instituição legislativa”, adiantou o senador Deca do Atacadão. Embora evite avançar prognósticos sobre seu futuro político, o senador em exercício admitiu ter ficado empolgado com as oportunidades que a atividade política oferece para o desempenho de missões em benefício do povo. “Esta, para mim, é a grande responsabilidade que um parlamentar deve ter, e este compromisso fica guardado como grande lição que posso tirar desse período de ricas experiências”, assinalou o senador.
Por Nonato Guedes