O presidente do Sindicato de Concessionários e Revendedores de Veículos da Paraíba, José Carneiro, externou um desabafo falando em desespero e risco de quebradeira no setor, paralisado pela crise instaurada entre o Detran e os bancos, motivada pela mudança da empresa de inserção do gravame sem consulta à rede de concessionárias. O governo do Estado mantém-se inflexível diante da determinação tomada, mas o presidente do Sincovid afirmou que a guerra pode ser resumida “pela fome do Estado, que necessita de receita, e a ganância dos bancos, enquanto nós ficamos no meio, irresponsavelmente asfixiados por quem deveria nos preservar, que é o Estado”.
Textualmente, ele afirma: “Esperamos que sejamos chamados para o diálogo em busca de uma saída e possamos evitar tamanha perda ao Estado, ao consumidor e à rede de concessionárias de veículos da Paraíba. No momento em que o Detran tomou esta medida sem consultar a rede de concessionárias responsáveis pela geração de venda e, portanto, do financiamento, que é o agente causador do restante da cadeia, o órgão provocou uma espécie de avalanche que vem atrasando tudo sem que não haja quem consiga parar. Os prejuízos são incalculáveis e o desespero destes concessionários é enorme”.
José Carneiro, na condição de presidente do Sincovid, afirma, taxativo, que não há espaço para um dia sequer sem solução. E esclarece: “Para nós, pouco importa quem faz o gravame. Somos por origem e natureza de nossos negócios a favor da livre iniciativa. Para justificar tamanho problema, recebemos pela fala do senhor governador o selo de cartelistas. Cartel dá cadeia no Brasil, amigo. E nós não podemos nem tão pouco devemos ser tratados dessa maneira”. E conclui: “Somos empresários que investiram muito em nossos negócios no Estado e geramos muitos impostos e empregos, cerca de 6% do PIB daqui. Por isso, apelo, por favor, para que o governo tenha consciência em face da extensão do problema criado”.