O ex-governador Roberto Paulino (PMDB), embora considerando que é cedo para fazer prognósticos sobre as eleições ao governo do Estado em 2018, afirmou que o partido dispõe de “excelentes quadros” capazes de encabeçar uma chapa. Citou, em primeiro lugar, o nome do senador Raimundo Lira que, de acordo com ele, vem se destacando no mandato parlamentar, além de ter experiência adquirida no ramo empresarial e ser um conhecedor dos problemas da Paraíba. Paulino mencionou como alternativa, também, dentro da legenda, o senador José Maranhão, presidente do diretório regional peemedebista, que já exerceu o posto por três vezes, numa delas tendo como vice o próprio Roberto.
Na opinião do ex-governador, a discussão a respeito de exames de nomes e de conjuntura deve ser travada a partir do segundo semestre do próximo ano, quando já se terá uma panorâmica melhor do quadro. “É preciso levar em conta que ainda estamos decantando o resultado das eleições municipais que foram processadas este ano”, salientou, observando que apesar de revezes em alguns redutos, como Guarabira, sua terra natal, o PMDB mantém-se vigoroso e fortalecido no conjunto das agremiações políticas do Estado. Roberto Paulino descartou a hipótese de concorrer a qualquer mandato eletivo, definindo-se apenas como um filiado que está à disposição para oferecer sua contribuição.
Roberto Paulino já foi deputado estadual e deputado federal e comentou, também, a problemática nacional, observando que o governo do presidente Michel Temer depara-se com dificuldades provocadas por fatores externos à administração mas ao mesmo tempo vem avançando nas medidas necessárias para a recuperação do país. “A sociedade precisa dar um crédito de confiança ao presidente, pelo seu interesse em equacionar as demandas, sobretudo, as de caráter social”, preconizou o ex-governador peemedebista. Ele acha que Temer está no caminho certo ao dialogar com segmentos da sociedade e, ao mesmo tempo, reunir-se com governadores para encaminhamento de reivindicações.
Ele foi enfático, apenas, em um aspecto: a alta taxa de juros que está sendo cobrada. Para Roberto Paulino, o governo do presidente Michel Temer deve aplicar um tratamento de choque que viabilize a baixa dos juros, devido às consequências que a elevação provoca e ao impacto que gera na sociedade como um todo. Sugere, igualmente, que o governo federal dispense tratamento melhor aos Estados do Nordeste, a seu ver penalizados com a crise econômica nacional. “Apesar das circunstâncias com que foi investido, numa situação excepcional provocada pelo afastamento da então presidente Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer tem condições de avançar na adoção de medidas que reclamam a sua intervenção e é isto que esperamos que ele faça”, finalizou o ex-governador.
Por Nonato Guedes