“Nada pode estar acima da coisa pública”. Foi o que declarou em mensagem postada no facebook o desembargador Márcio Murilo, do Tribunal de Justiça da Paraíba.
O comentário veio a propósito da polêmica envolvendo o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, que teria gravado uma conversa com o presidente da República, Michel Temer, no episódio que resultou na queda do ex-ministro Geddel Vieira.
Segundo o magistrado, o que o ministro fez é obrigação de qualquer servidor público. “No caso, o ministro, como servidor público, deve ser fiel à Constituição e à moralidade”.
Veja abaixo a postagem:
É uníssono na mídia que o ministro Calero jamais poderia ter gravado uma conversa com o presidente da república. Todos os jornalistas falam que é coisa gravíssima, inadmissível, absurda e criminosa. Vivendo e aprendendo! Cada caso é um caso. Absurdo seria se fosse reunião em que se debatesse estratégia legítima de plano de governo. Nada pode estar acima da coisa pública. No caso, o ministro, como servidor público, deve ser fiel à Constituição e à moralidade. Pedindo máxima vênia, fico solitário na tese que se alguém se acha ilegalmente pressionado, pode sim se defender e promover prova até contra o presidente.