O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) chega ao final do ano preconizando para as eleições estaduais de 2018 a reedição da aliança celebrada nas eleições municipais deste ano em João Pessoa, quando tucanos e peemedebistas apoiaram a candidatura do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) à reeleição, derrotando já no primeiro turno o esquema do governador Ricardo Coutinho, que lançou a professora Cida Ramos como candidata. Numa entrevista ao programa “Revista Estadual”, da rádio RPN, ancorado pelo jornalista Lenilson Guedes, Cássio Cunha Lima não confirmou as especulações de que possa vir a ser o candidato de uma frente de oposição estadual ao governo em 2018. Salientou que o assunto só deverá ser avaliado no momento oportuno.
Para ele, o esquema montado no pleito de 2016, tanto na Capital como em Campina Grande, ocasionou, sobretudo, derrotas para o esquema do governador Ricardo Coutinho. Em Campina Grande, o PMDB teve uma candidatura própria, a do deputado federal Veneziano Vital do Rego, mas o principal adversário do esquema liderado por Cássio foi o deputado Adriano Galdino, presidente da Assembleia Legislativa, lançado pelo PSB ligado ao esquema de Ricardo Coutinho.
O candidato apoiado por Cássio e pelo PP, o atual prefeito Romero Rodrigues, do PSDB, foi reconduzido também em primeiro turno. Seu vice para o novo mandato passará a ser o ex-prefeito e ex-deputado Enivaldo Ribeiro, que substitui a Ronaldo Cunha Lima Filho, atual companheiro de chapa de Romero. Enivaldo é presidente estadual do PP e pai do deputado federal Aguinaldo Ribeiro e da deputada estadual Daniella Ribeiro.
Cássio Cunha Lima acredita que o resultado das eleições municipais de 2016 fortaleceu, no conjunto, o esquema oposicionista, distribuído por siglas diversas. O governo Ricardo Coutinho, a seu ver, foi plebiscitado negativamente em redutos como João Pessoa e Campina Grande em virtude da falta de investimentos da administração em áreas estratégicas para a população, a exemplo da educação, saude e segurança. Ainda agora, de acordo com o senador, a população de Campina Grande ressente-se de uma violenta crise hídrica, com diminuição do volume de reservatórios, sem que o governo Ricardo Coutinho tenha sido capaz de oferecer soluções concretas. “Tudo isto convergirá para uma resposta do povo ao governo em 2018”, acredita Cássio Cunha Lima.
Por Nonato Guedes