O desembargador Márcio Murilo abriu mão de disputar a presidência do Tribunal de Justiça. Ele publicou mensagem no seu facebook dizendo que no momento suas atenções estão voltadas para o seu pai, o desembargador aposentado Miguel Levino, que está com a saúde abalada.
A eleição será amanhã, por decisão monocrática do ministro Teori Zavascki, do STF. Márcio Murilo é um dos mais antigos da Corte de Justiça, apto a disputar a presidência.
“Algumas pessoas falando da minha candidatura à presidência do TJ e até antecipadamente me dando os parabéns. Informo que diferente da situação anterior, quando eu me julgava preparado para presidir o TJ, desta vez estou mais centrado em cuidar de meu pai de 92 anos que está com a saúde abalada”, escreveu ele.
O magistrado revela que recebeu propostas de vários desembargadores de ser o candidato de consenso, mas preferiu deixar tal missão para os desembargadores Saulo Benevides e Joás de Brito, dois nomes também aptos a disputar a presidência.
Veja abaixo a mensagem:
ELEIÇÕES, PAI E PALAVRA:
Algumas pessoas falando da minha candidatura à presidência do TJ e até antecipadamente me dando os parabéns. Informo que diferente da situação anterior, quando eu me julgava preparado para presidir o TJ, desta vez estou mais centrado em cuidar de meu pai de 92 anos que está com a saúde abalada. Apenas defendi, respeitosamente, uma tese jurídica no STF, sem demérito dos que pensam diferente. Peço desculpas aos que tiveram a eleicão suspensa, pois sei como é frustante tal situação. Neste momento optei por manter apenas minha candidatura formal. Nos últimos dias tive a grata satisfação de fazer reconciliações, perdoar, ser perdoado e esquecer mágoas que estavam travadas na minha garganta nestes últimos dois anos. Quando eu já havia apoiado um dos colegas, recebi propostas reconciliatorias de vários desembargadores que não haviam me apoiado antes, no sentido de eu ser um consenso no TJ. Isto me emocionou, mas de plano, agradecido, não aceitei, deixando tal missão para Joas ou Saulo, pois aprendi com a pessoa que optei de ficar ao lado (meu Pai), que palavra dada é palavra cumprida.