Aliados do governador Ricardo Coutinho (PSB) precisam combinar alguns discursos, pelo menos neste verão de 2017. Nesta semana o deputado federal Veneziano Vital foi a imprensa dá um ultimato ao governador: ele quer que o candidato do grupo girassol a governador em 2018 seja definido depois do carnaval. Nesta sexta-feira, o também deputado federal Efraim Filho (DEM) afirmou em rádio local que essa definição poderá ser feita com tranquilidade até o próximo ano, quando os nomes serão realmente conhecidos. Sua afirmativa vai no sentido de mostrar que o ano de 2017 é para demostrar trabalho, espírito de grupo, definir estratégias. Nomes, só depois.
Não conheço Efraim mas me parece que é uma fala sensata, desapegada de estresses, Diferente de Veneziano que, além de ansioso com sua exigência ao governador, mostra intranquilidade no universo dos girassóis para onde está resolvendo caminhar já que tem seguidamente feito críticas ao PMDB.
Além disso mostra que conhece pouco o modo de fazer política de RC, uma liderança que emergiu em cima de um discurso racional-legal, de origem republicana. Dentro dessa racionalidade não me parece que Ricardo se submete este tipo de exigência feita por Veneziano.
Tome-se dois casos como exemplo: João Pessoa em 2012, quando ele planejou Estela como candidata a prefeita, afastando Agra da competição. Agora mais recentemente quanto tratou a pré-campanha de João Azevedo e um ano após o substituiu por Cida Ramos. Nos dois casos, que implicaram inclusive em derrota, a decisão passou por Ricardo, que não se submeteu a nenhum tipo de ultimato. Vamos com calma com andor até porque a única coisa definida para 2018 é a Copa do Mundo na Rússia.
Por Marcus Alves