O deputado Tovar Correia Lima, do PSDB, é um dos nomes cotados para a liderança da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba, dentro do esquema de rodízio a cada ano, acertado entre parlamentares de diferentes legendas. A definição deverá ocorrer nos próximos dias e o nome escolhido vai substituir ao deputado Renato Gadelha, do PSC, cuja atuação tem sido elogiada pelos seus pares no bloco que faz oposição ao governo Ricardo Coutinho na AL.
O mandato de Renato como líder vigora há dois anos, nos termos de um consenso firmado entre os integrantes da bancada. Tovar Correia Lima, que tem se destacado pela veemência das críticas a erros ou desacertos da administração estadual, admitiu o desejo de ascender à liderança e colocou o seu nome à disposição para que seja debatido entre os integrantes do agrupamento. Afora Tovar, é cogitado o nome da deputada Camila Toscano, do PSDB, que é claramente favorável a que haja mudança. “Acredito que meu nome tem condições de comandar a bancada, assim como todos os outros que compõem o agrupamento oposicionista”, expressou Camila.
O bloco foi formado como parte de uma estratégia para deter a ofensiva da bancada governista capitaneada pelo deputado Hervázio Bezerra, do PSB, focada na cooptação de votos de deputados “independentes” para favorecer matérias de interesse do Executivo encaminhadas à apreciação dos deputados. Renato Gadelha avalia que o ponto principal para o êxito do bloco foi conseguido – a unidade. “A oposição procurou ficar blindada ao assédio por parte de emissários do Palácio da Redenção. O compromisso dos que fazem o grupo é com as demandas mais urgentes da população”, acrescentou. Renato Gadelha preveniu que está disposto a cumprir mais um ano à frente da liderança se este for o consenso predominante.
Por outro lado, a vereadora Eliza Virgínia (PSDB) queixou-se, ontem, da “falta de companheirismo” dentro do partido, insinuando que a direção estadual, presidida pelo ex-deputado federal Ruy Carneiro, estaria dificultando as articulações para sua investidura no mandato de deputada estadual. Ela é suplente na atual composição da Assembleia Legislativa e poderia ascender à titularidade no bojo de um arranjo entre direções partidárias. Foi um desses acordos que favoreceu, por exemplo, Raoni Mendes, hoje no DEM, já se preparando para voltar ao mandato titular no Legislativo estadual.
Nonato Guedes