O vice-presidente da OAB/PB, Raoni Vita, endossou as críticas que a tesoureira da entidade fez nas redes sociais contra a gestão do presidente Paulo Maia, que não estaria ouvindo os membros da diretoria. Segundo ele, depois da polêmica em torno da reeleição, Paulo Maia passou a agir como se estivesse em campanha eleitoral, isolando completamente o restante da diretoria.
Ele disse que soube que o presidente havia feito uma viagem ao interior do estado, sem sequer avisar aos integrantes da diretoria, muito menos ele, que ocupa o cargo de vice-presidente e é o substituto legal. “Daí se pode imaginar o que ocorre nos corredores da Ordem sem que até mesmo nós Diretores (avalie-se a advocacia) tenhamos o menor conhecimento. Como explicar isso?”, indaga Raoni.
Abaixo a postagem de Raoni:
Eu gostaria de falar hoje, como sempre o faço, sobre ações e vitórias.
Mas, é com profundo pesar que endosso todas as palavras do desabafo da nossa Diretora-Tesoureira da OAB/PB Tainá Freitas.
De fato, durante o ano passado, após o imbróglio envolvendo a questão da reeleição, o Presidente passou a agir como se em campanha eleitoral estivesse, isolando completamente o restante da Diretoria (à exceção do Secretário-Geral), numa prática absolutamente política, encastelando-se e concentrando integralmente a administração da Ordem nas suas mãos.
Chegou ao cúmulo, agora, de cometer um ato explicitamente contrário ao Regulamento Geral, novamente expulsando os demais diretores da Comissão Organizadora da Conferência Estadual da Advocacia (e, quando instado diretamente sobre isso por mim, afirmou que resolveria, mas, como sempre, palavras e promessas vazias desacompanhadas de ações).
A priori, este tema, não discordo, deveria ser tratado dentro dos muros da OAB, mas não tiro a razão da nossa Diretora Tesoureira, para quem se chegou ao limite o desrespeito institucional (atravessados vários meses de tentativas internas de solucionar os incontáveis alegados problemas de comunicação), pois muitos colegas nos cobram de ações que nem nós mesmos sabemos previamente (sempre somente após ocorridas, pelas redes sociais) de modo que tampouco participamos de várias decisões que impactam diretamente nos nossos compromissos assumidos, pelo que lamento não ter a chance de poder contribuir tanto quanto gostaria e imaginava.
Hoje mesmo fui cobrado pela posição da OAB de ser contra a realização de concurso público para Procuradores Municipais, situação essa estampada em inúmeros portais do Estado, mas que sequer passou pelo crivo da Diretoria, tampouco do Conselho Seccional, mas já é alardeada como se fosse a voz da Ordem (eis que publicada no nosso portal oficial) sobre um tema tão polêmico.
Aliás, nesse ritmo de promoção pessoal, campanha antecipada e reiteradas sessões de fotos e apertos de mãos nas mais diversas repartições, descubro, neste momento, também através de redes sociais, que o Presidente está juntamente com o Secretário Geral na Subseção de Patos e em seguida irá a Cajazeiras, mais uma vez sem sequer um aviso prévio à Diretoria, ou mesmo ao Vice-Presidente para substituí-lo nas emergências ocorridas na nossa Sede.
Daí se pode imaginar o que ocorre nos corredores da Ordem sem que até mesmo nós Diretores (avalie-se a advocacia) tenhamos o menor conhecimento.
Como explicar isso?
No mais, reafirmo que continuarei, lutarei e resistirei firme na trincheira em defesa da advocacia, no papel que me foi outorgado pelos advogados paraibanos até o último dia do meu mandato, trazendo transparência e buscando realizar ações concretas para melhorar o dia a dia da nossa profissão.