Enquanto o presidente Gervásio Maia define nomes de auxiliares legislativos e agiliza providências para melhor funcionamento da Assembleia Legislativa, nos bastidores é acirrada a disputa pelo controle de comissões temáticas e outras relevantes. A mais disputada pelos parlamentares é a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, cortejada pelos deputados Trócolli Júnior, do Pros, e Anísio Maia, do PT. A Comissão de Execução Orçamentária da Casa é ambicionada pelo deputado João Henriques e a expectativa é de que o anúncio dos escolhidos ocorra até sexta-feira.
O deputado Trócolli Júnior mostra-se confiante na sua indicação para a CCJ. Revelou aos jornalistas que tem dialogado com a nova Mesa Diretoea sobre a possibilidade de vir a ser escolhido para assumir aquele colegiado e acrescentou que até o momento não houve discussão contrária à sua participação. Ele confessou que deseja ficar na presidência, mas não pretende alimentar conflitos com nenhum dos colegas. João Henrique, por sua vez, alegou que há acordo firmado na eleição da Mesa Diretora, que ocorreu em 2015, de que no segundo biênio ele assumiria o comando da Comissão de Orçamento da Casa de Epitácio Pessoa.
Os deputados participaram, ontem, das primeiras votações de matérias na nova legislatura sob a presidência de Gervásio Maia. A sessão contou com a presença de 26 dos 36 parlamentares. Os deputados mantiveram, por maioria de sufrágios, o veto do governo do Estado ao projeto do petista Anísio Maia, que obriga as empresas beneficiadas por recursos do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Industrial da Paraíba (Fain) a investir o valor correspondente a um por cento dos benefícios financeiros pelo Estado em projetos sociais. Eles apreciaram mais de 25 propostas, entre projetos e requerimentos.
A oposição se articula para insistir, mais uma vez, na criação da CPI de investigação do projeto Empreender-PB, de iniciativa do governo do Estado. Em 2015, por duas vezes, as tentativas da oposição foram frustradas. O argumento é o de que o programa teria sido utilizado para garantir votos para o governador Ricardo Coutinho em 2014, o que é contestado pelo governador e pelos parlamentares que integram a sua base. O deputado Tovar Correia Lima, líder da oposição, menciona relatório da Controladoria Geral do Estado apontando várias irregularidades no programa que registra 64,5% de inadimplência e resultou em Aije que pede a cassação de Ricardo Coutinho.
Por Nonato Guedes