O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) comunicou no plenário do Senado que hoje estará entrando em operação a quarta estação elevatória de um total de seis no Eixo Leste da transposição de águas do rio São Francisco, o que beneficia populações interioranas do Estado. Acrescentou que no dia 16 será acionada a quinta estação e no dia 26 a última. O parlamentar fez um reconhecimento ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo empenho para levar adiante o projeto que é considerado uma espécie de “redenção” para os habitantes do semiárido nordestino.
– Historicamente, os primeiros passos, como todos sabemos, foram dados no Império, quando do reinado de Dom Pedro. Isto significa que a luta pela interligação de bacias tem atravessado séculos até e mais recentemente tem se intensificado diante do agravamento do quadro de estiagem, com manifestações de especialistas já não propondo soluções de combate à seca mas alternativas de convivência com o fenômeno – salientou Cunha Lima. No plano nacional, além do ex-presidente Lula, Cássio mencionou a simpatia do ex-vice-presidente da República José Alencar (já falecido) pela iniciativa, bem como gestões do ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes. Da Paraíba, conforme ele, é questão de justiça reconhecer o empenho de líderes como o ex-senador Marcondes Gadelha, os ex-ministros Cícero Lucena e Fernando Catão – estes, no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Lamentando que no governo da presidente Dilma Rousseff, alvo de um processo de impeachment, a transposição não tenha sido encarada como prioridade, Cássio Cunha Lima argumentou que o grande contraponto, nos governos do PT, foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quer pela sua sensibilidade, quer pela sua ligação estreita com o Nordeste. “Foi fundamental a coragem, assim como a determinação política do presidente Lula nesse objetivo. Ele teve de vencer obstáculos para a realização dessa obra”, pontuou Cássio, referindo-se a embargos que foram interpostos à execução, em períodos alternados, pelo Tribunal de Contas da União, para verificação de denúncias de supostas irregularidades no cronograma e correção dos eventuais desvios. O parlamentar paraibano concluiu ressaltando a “decisão firme, a retomada da prioridade que a obra passou a ter com o governo do presidente Michel Temer”. De acordo com ele, a obra estava praticamente paralisada e abandonada, mas o presidente Temer, em articulação com segmentos da bancada nordestina, ouviu ponderações e expediu determinações para o reinício das obras.
Nonato Guedes