O vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (PMDB), foi investido, ontem, na titularidade, para substituir por quinze dias o prefeito Luciano Cartaxo, do PSD, que descansará com a família em local não revelado. “Agradeço o gesto do prefeito, que confiou em mim. Garanto que vou corresponder às expectativas”, frisou Manoel Júnior, acrescentando que espera trabalhar, durante a ausência de Luciano, com eficiência, planejamento e competência, levando os secretários à harmonização das ações de suas Pastas.
Manoel Júnior, que foi prefeito de Pedras de Fogo por três mandatos e vice-prefeito da Capital na gestão de Ricardo Coutinho instalada em 2005, asseverou que Luciano Cartaxo é um gestor que dialoga, que pede a opinião do seu vice sobre problemas que a população enfrenta. Nesse período de interinidade, ele pretende se reunir com várias secretarias para definir um programa que será lançado, o Quali-João Pessoa. O peemedebista comentou que neste ano pré-eleitoral, ele e o prefeito Luciano Cartaxo vão focar exclusivamente na administração de João Pessoa. De sua parte, pretende pleitear ao presidente Michel Temer o empenho para a liberação de recursos no montante de R$ 150 milhões destinados a obras na Capital.
Até pouco tempo deputado federal, Manoel Júnior alocou recursos beneficiando João Pessoa no Orçamento Geral da União. A respeito das questões internas do PMDB, Manoel Júnior assinalou que está afinado com o senador José Maranhão, cuja permanência no comando do partido ele defende, por considerar que é fundamental para a condução da legenda rumo aos próximos embates. “A nossa chapa nas eleições de 2018 será vitoriosa e vamos ainda eleger uma bancada expressiva de deputados federais e estaduais”, salientou, negando, por outro lado, insatisfação entre os vereadores da base de apoio a Luciano Cartaxo na Câmara Municipal de João Pessoa. Ele chegou a convidar vereadores da oposição a interagirem com a gestão da Capital.
Indagado sobre pretensões do senador José Maranhão em disputar o governo do Estado, Manoel Júnior enfatizou que o parlamentar tem seis anos de mandato pela frente e não está preocupado com eleição. “Ele vai se dedicar ao desafio de estruturar o partido com vistas ao seu fortalecimento”, acentuou. Júnior considerou naturais as opiniões divergentes no âmbito do PMDB acerca de projeções para 2018. “O PMDB é um partido democrático, na amplitde, que permite o diálogo aos seus membros. É diferente de outras legendas que não estimulam o diálogo nem permitem que seus integrantes se manifestem”, sublinhou, numa referência indireta ao governador Ricardo Coutinho, líder do PSB no Estado.
Nonato Guedes