O Tribunal Regional Federal, da 5ª Região, com sede em Recife, determinou o retorno do prefeito de Emas, José William Segundo Madruga. Ele estava afastado do cargo desde a deflagração da Operação Desumanidades. O gestor estava impedido de ter acesso ao prédio da prefeitura ou qualquer outro que hospede órgão do Poder Executivo Municipal.
Reeleito em 2016, ele alegou que a providência cautelar de afastamento, tomada anteriormente, contrariaria a vontade popular expressa nas urnas.
O relator do processo, desembargador Federal Lázaro Guimarães , revogou a medida cautelar, por entender que a situação no município mudou. “As autoridades que poderiam influir no curso do processo foram afastadas e as provas materiais colhidas”.
O prefeito de Emas é um dos envolvidos na Operação Desumanidades, que investiga irregularidades em processos licitatórios em diversas prefeituras da região de Patos.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Segundo Madruga, direcionou a execução do Contrato nº 41/2014, firmado para construção da Escola Municipal Maria das Neves Parente Miranda, em favor do seu amigo Diogo Almeida. Para tanto, valeu-se da fachada da empresa AJS Pavimentação de Estradas e Construções Ltda, que pertence a Joilson Gomes da Silva, embora este, para constituir a empresa, tenha se utilizado de “laranjas” para compor o quadro societário.