Hoje é dia do Jornalista e em tempos de redes sociais os profissionais da imprensa postaram mensagens sobre a data.
Para o jornalista Nonato Guedes, que atua no site Os Guedes, a internet não matou o jornalismo. Ele acha, porém, que o surgimento das redes sociais fez com que aparecessem pessoas que se dizem jornalistas, mas que são incapazes de redigir um texto com mais de duas linhas. “Em todo caso, são pessoas passageiras, não sobrevivem nem resistem no mercado profissional. Terão que vender bugigangas na rua para sobreviver numa profissão honesta”, destaca Nonato.
Ele diz que se orgulha da profissão que exerce e de ter participado de uma geração que fez a história do jornalismo paraibano, destacando dentre eles nomes como Biu Ramos e Otinaldo Lourenço. “Foi com ícones como Severino Ramos e Otinaldo Lourenço que eu e um punhado de profissionais, como o mano Lenilson Guedes, bebemos na fonte do Conhecimento, enfrentamos poderosos de plantão, contrariamos interesses, só pelo mister de informar a verdade”.
Já o jornalista Sílvio Osias, blogueiro do Jornal da Paraíba, escreveu que antigamente havia muito mais inteligência nas redações. “Eu comecei há 42 anos. Vou fazer 58. Estou, portanto, quase de saída”. Ele também é de opinião que a qualidade do jornalismo caiu muito com a chegada da internet. “O furacão digital mudou tudo. Jornalista misturado com não jornalista. Notícia misturada com não notícia. Pós-verdade. Coisas velhas vistas como se fossem novas. Jovens profissionais que não sabem discernir entre jornalismo e redes sociais. Penso nessas coisas no dia do jornalista. O que vamos comemorar?”.