Partidos que controlaram a maior parte do dinheiro gasto nas últimas eleições gerais, PT, PSDB e PMDB verão a sua fatia no bolo cair quase à metade na próxima disputa à Presidência da República, ao Congresso e a governos e assembleias estaduais em 2018.
Com a proibição de que empresas financiem os candidatos, o dinheiro das campanhas do ano que vem será majoritariamente público.
Além da expectativa de valores reduzidos em relação à 2014, o dinheiro oficial será mais pulverizado entre as legendas caso seja aprovada a reforma política em discussão no Congresso.
As regras estabelecidas no relatório do deputado Vicente Cândido (PT-SP) apontam que 98% do dinheiro público do novo fundo eleitoral seja dividido entre as 35 legendas proporcionalmente à votação que seus candidatos a deputado federal tiveram nas eleições de 2014.
Com isso, o PT deve ficar com R$ 284 milhões, o PSDB com R$ 241 milhões e o PMDB com R$ 232 milhões.
Proporcionalmente, a queda é de 59% do gasto declarado em 2014 para 35% do novo fundo. Em valores absolutos, o tombo é maior ainda apenas 22% dos valores gastos quatro anos atrás.
O fundo pode ser abastecido ainda por doações de pessoas físicas, mas elas tendem a ser irrisórias se for levada em conta a experiência de anos anteriores.
A reforma política em discussão na Câmara está em análise em uma comissão especial da Casa. Ela precisa passar ainda pelo plenário da Câmara e pelo Senado e entrar em vigor até o início de outubro para valer para a disputa de 2018.
Fonte: Folha de São Paulo