Hoje em Brasília sai “fumaça branca” na escolha do novo coordenador da bancada federal paraibana, que aglutina quinze integrantes – três senadores (Raimundo Lira, José Maranhão e Cássio Cunha Lima) e 12 deputados federais. O atual coordenador é o deputado Benjamin Maranhão, do SD, que contava com o apoio dos colegas para se manter no posto, mas tem sido alvo de restrições no desempenho da função. O nome mais forte passou a ser o do deputado federal Wilson Santiago Filho, do PTB.
Nas últimas horas, Wilson Filho deparou-se com um concorrente no páreo: o deputado André Amaral, do PMDB, que assumiu a titularidade com a renúncia de Manoel Júnior para assumir a vice-prefeitura de João Pessoa. Amaral, conforme as versões, teria sido indicado pelo deputado federal Veneziano Vital do Rêgo. A despeito da negativa de parlamentares, surgiu nas últimas horas a versão de que o governador Ricardo Coutinho estaria se articulando para que o escolhido fosse um dos seus aliados.
Sobrinho do ex-governador José Maranhão, mas com plena autonomia à frente do SD, o deputado Benjamin Maranhão faz oposição à administração de Ricardo Coutinho mas se defende das acusações de intransigência, salientando que sempre apoiou as iniciativas que beneficiam os interesses da população paraibana. Wilson Filho tem ligações com o esquema do governador Ricardo Coutinho. Ele foi candidato a vice-prefeito de João Pessoa nas eleições de 2016, fazendo parte da chapa encabeçada pela professora Cida Ramos, lançada pelo esquema ricardista. O pleito foi decidido em primeiro turno pelo prefeito e candidato à reeleição Luciano Cartaxo. Pessoalmente, o deputado federal Rômulo Gouveia, presidente do PSD no Estado, defende que Benjamin Maranhão permaneça na função por mais um ano. A fórmula é vista com bons olhos por lideranças temerosas de um impasse que deixaria sequelas na bancada parlamentar paraibana. Para todos os efeitos, o governador assegura que não está interferindo no processo por entender que a decisão foge à sua esfera de competência.
Nonato Guedes