O senador Cássio Cunha Lima e o seu filho, o deputado federal Pedro Cunha Lima, ambos do PSDB da Paraíba, estão afinados no discurso em relação à reforma trabalhista que está em apreciação pelo Congresso, tendo sido aprovada por margem apertada na Câmara, diante da controvérsia sobre alguns pontos específicos. Cássio afirmou que é favorável a medidas que contribuam para a modernização da legislação trabalhista e, a seu ver, este é o caso da reforma que o governo de Michel Temer está encaminhando. Para o senador, um dos efeitos positivos seria a geração de novos empregos.
Pelos cálculos de Cássio, somente o setor de restaurantes já trabalha com a perspectiva de criação de dois milhões de novos postos de trabalho num período aproximado de três anos. Isto começaria a compensar, na opinião de Cássio, as perdas de empregos registradas no país de forma preocupante nos últimos anos, remanescentes, ainda, do final da Era petista que teve como expoentes o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-presidente Dilma Rousseff. De sua parte, o deputado Pedro Cunha Lima lamentou que estejam sendo disseminadas “inverdades” a respeito da reforma trabalhista, tais como o fim da licença-maternidade e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
– Somente está posicionado contra a reforma trabalhista quem pensa pequeno e está indiferente à situação do país. Não temos dúvida que as medidas, além de garantir direitos, amplia esses direitos e ainda possibilita a geração de novos postos de trabalho, reivindicação legítima de segmentos da sociedade brasileira – expressou o parlamentar. O deputado Pedro Cunha Lima diz que chega a imaginar a hipótese de “má fé” por trás do noticiário corrente em torno da reforma trabalhista. No seu ponto de vista, alguns setores não estão necessariamente interessados em esclarecer a opinião pública de forma correta mas em espalhar o terrorismo psicológico, aproveitando a onda de instabilidade reinante no país. Esse tipo de comportamento é alimentado, de acordo com o deputado Pedro Cunha Lima, por segmentos contrários ao governo do presidente Michel Temer, que acabam prejudicando os interesses da população brasileira. Ontem, fontes do Palácio do Planalto revelaram que o governo avalia o melhor momento para abrir a discussão sobre a reforma da Previdência, diante da estratégia de não ser surpreendido com movimentos de contestação no Congresso.
Nonato Guedes