O senador paraibano Cássio Cunha Lima, primeiro vice-presidente do Senado e expoente do PSDB, avaliou positivamente o primeiro ano do governo do presidente Michel Temer )PMDB), assinalado ontem e salientou que há uma conjuntura diferente no país. “O governo governa. É algo que não se via há muito tempo no Brasil. Existe rumo, existe direção, algo que nos trará um futuro melhor”. O parlamentar destacou a retomada da confiança na economia do país e as várias conquistas dos últimos 12 meses, entre elas a queda contínua da inflação que, neste ano, deve ficar abaixo de 4,5%.
De acordo com o seu diagnóstico, nesse período estabeleceu-se uma nova relação entre os poderes que permite avançar na direção dos dois maiores desafios que o país possui atualmente: o de conter o endividamento público (ajuste fiscal) e ampliar a produtividade da economia. Cássio mencionou matérias aprovadas ou que estão em tramitação como a PEC do teto dos gastos e a agenda de reformas. Em sua análise, contger o endividamento público representará a médio e longo prazo mais recursos para saúde, educação e infraestrutura. Ontem, o presidente Michel Temer reuniu lideranças e ministros para lembrar a data, avaliar ações e preparar estratégias. Em tom realista, Temer expressou que o povo quer resultados. Mas ele defendeu a agenda de reformas da sua gestão e buscou fixar um contraponto com a gestão de sua antecessora Dilmaa Rousseff.
Sobre o governo Dilma, o presidente apontou que a falta de diálogo com o Congresso foi o motivo do impeachment dca petista. Em contrapartida, exaltou a parceria que mantém com o Legislativo, de quem depende para aprovar as reformas trabalhista e da Previdência. “O desemprego, que é a pior herança de uma época de gastos descontrolados, em breve começará a ceder. Não temos dúvidas disso”, pontuou o presidente. Para blindar sua gestão de críticas feitas à austeridade das reformas propostas pelo seu governo, Temer buscou dar garantias de que trabalha pela área social e não retirará direitos da população.
O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, do DEM-RJ, defendeu a aprovação das reformas previdenciária, trabalhista e política. O parlamentar repetiu o elogio feito por Cássio Cunha Lima na relação entre o Planalto e o Congresso e disse acreditar que ambos têm feito mudanças em favor do país. Maia informou que o plenário deve votar em breve a reforma previdenciária. “O governo recorreu à forma mais difícil, porém, evitou elevar a carga tributária”. Maia fez um aceno ao líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, crítico das reformas. Disse que Renan, quando presidente do Senado, ofereceu valiosa contribuição à aprovação de matérias importantes, o que está tendo continuidade na gestão Eunício Oliveira. “Sem eles o Congresso não teria avançado tanto em votações importantes e cruciais”, finalizou.
Nonato Guedes
