A vice-governadora Lígia Feliciano (PDT), que na manhã de hoje prestigiou a inauguração de um restaurante destinado a servidores públicos cadastrados, reiterou seu apoio ao projeto político do governador Ricardo Coutinho (PSB) mas não avançou prognósticos sobre a hipótese de concorrer ao governo em 2018. “Não conversamos (eu e o governador) sobre definições políticas porque entendemos que o assunto deve ser tratado no momento oportuno. O que posso assegurar é que continuo apoiando o projeto executado pelo governador porque se trata de uma plataforma que beneficia a população”, enfatizou ela.
A doutora Lígia, que se fez acompanhar no ato pelo seu marido, o deputado federal Damião Feliciano, expressou o ponto-de-vista de que a atual administração tem se revelado operosa e ressaltou a admiração que tem pelo chefe do Executivo pela sua capacidade de definir prioridades e pelo cumprimento de compromissos assumidos. A vice-governadora frisou ter sido informada de especulações sobre uma candidatura de Ricardo Coutinho ao Senado e pontuou que essa pretensão terá seu apoio irrestrito, mas insistiu em que a administração está focada em metas e objetivos até certo ponto audaciosos que modificam a paisagem do Estado.
O deputado Damião Feliciano, indagado se sua mulher estava preparada para assumir o governo na eventualidade da renúncia de Ricardo para disputar o Senado, acentuou que quando ela foi escolhida, com ingerência pessoal de RC, já foi levada em conta a sua experiência. Feliciano objetou, contudo, que no tempo certo é que serão deflagradas as tratativas em relação ao processo eleitoral. O parlamentar disse que discorda de pontos das reformas encaminhadas para apreciação do Congresso pelo presidente Michel Temer e explicou que esteve ausente na votação da reforma trabalhista porque havia assumido um compromisso com bastante antecedência, não tendo condições de desmarcá-lo. O parlamentar salientou que no Congresso Nacional (Câmara e Senado) as reformas propostas merecem atenção especial dos representantes do povo, dentro da estratégia de avaliar os benefícios que possam realmente trazer.
Nos meios políticos paraibanos, ganhou vulto nos últimos dias a especulação de que Lígia assumiria o governo com a renúncia de Ricardo e que, uma vez instalada na cadeira principal, tentaria concorrer à reeleição. A vice-governadora esteve ultimamente no exterior para acertar parcerias junto a investidores para contemplar o nosso Estado. Fontes próximas de Lígia têm dito que as viagens da vice-governadora em missões oficiais representam uma espécie de estágio probatório para a eventualidade de ela vir a assumir a chefia do Executivo com a saída de Ricardo para disputar o Senado. O próprio marido, Damião, disse ser confiante quanto a um gesto da parte de Coutinho para favorecer a pretensão do “clã” de ser alçado ao poder.
Nonato Guedes