A expectativa entre os parlamentares paraibanos em Brasília é de que esta semana finalmente ocorra a reunião para definirr o impasse em torno da coordenação da bancada federal do Estado. O “imbróglio” eclodiu após a destituição do deputado federal Benjamin Maranhão (SD) do posto, em meio a acusações de que o esquema do governador Ricardo Coutinho estaria agindo para sacramentar um parlamentar de sua confiança. Na sequência, foi proposta a tese da coordenação compartilhada, que implicaria na confirmação do senador José Maranhão, do PMDB, e do deputado federal Wilson Filho, do PTB (este, ligado ao governador Ricardo Coutinho).
Integrantes da bancada têm cobrado uma solução rápida para o impasse, pelo receio de que a representação parlamentar paraibana fique enfraquecida no embate com bancadas de outros Estados pela obtenção de recursos federais e de investimentos em obras estruturantes. O governador Ricardo Coutinho assegura que não está tendo nenhuma interferência na questão, até por se tratar de assunto afeto exclusivamente aos deputados. Independente da definição, o deputado Wilson Filho atua no âmbito da comissão de fiscalização financeira da Câmara e vem pautando o colegiado com audiências públicas com a presença de ministros de Estado. Na semana passada, o convidado foi Gilberto Kassab e amanhã estará no debate o ministro da Educação, Mendonça Filho.
O deputado federal Wellington Roberto, do PR, participa hoje de reunião da comissão especial da reforma política, que deverá tratar da criação da “federação partidária”, do fundo eleitoral e do fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais, entre outras mudanças em gestação, segundo ele revelou ao colunista Edinho Magalhães, do Correio da Paraíba. Quem tem ido com frequência a Brasília é o vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior, do PMDB. Ele faz o papel de interlocutor do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), reforçando pleitos e demandas deste junto a ministérios e outros órgãos. Júnior desabafou que o momento político em Brasília está complicado, aludindo ao embate travado eentre o governo do presidente Michel Temer e adversários de outros partidos.
De sua parte, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro, do PP, líder do governo na Câmara, não escondeu seu otimismo com a aprovação do texto da reforma da Previdência, uma das mais controversas na pauta de discussões. Ele salientou que uma vez consolidada a aprovação dessa reforma, participará de um trabalho de esclarecimento no sentido de mostrar que ela preserva direitos adquiridos e de forma alguma mexe com as prerrogativas de quem quer que seja. “A reforma preserva os interesses dos mais pobres”, assegura, categórico.
Nonato Guedes