O procurador de Justiça do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Bertrand de Araújo Asfora, se reuniu na tarde desta quinta-feira (18), em João Pessoa, com a presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), desembargadora Maria das Graças Morais Guedes. Eles discutiram resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que define a extinção de zonas eleitorais em todo o país. Na Paraíba, se a determinação do presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, for cumprida, das 77 zonas atuais, apenas pouco mais de 50 vão permanecer.
A população do nosso estado não pode ficar prejudicada. Por isso, nós do Ministério Público da Paraíba, nos colocamos à disposição do TRE paraibano para colaborar nas discussões e na busca de soluções, destacou Bertrand Asfora, acreditando na mobilização de segmentos, já que a intenção de extinção de zonas eleitorais atinge a todos os estados.
A desembargadora Maria das Graças informou que o TRE criou uma comissão para estudar o problema e que na quinta-feira (25) terá uma audiência com o ministro Gilmar Mendes, em Brasília. Vamos demonstrar a nossa realidade e tentar convencer o ministro a reconsiderar da sua decisão de algumas extinções de zonas, disse a presidente do TRE, ressaltando que, com os novos critérios apontados pelo TSE, João Pessoa, por exemplo, que possui cinco zonas eleitorais, só passaria a ter quatro.
Se estas zonas foram extintas, a situação do eleitor ficará difícil. A população ficará prejudicada, analisou o promotor João Arlindo. Em muitos locais, a ausência dos promotores e juízes eleitorais dificultará as fiscalizações, apontou o promotor Francisco Seráphico. Agregando ou extinguindo zonas eleitorais, haverá casos em que o eleitor terá que se deslocar até por 200 quilômetros, segundo levantamento prévio do TRE, lamentou o procurador Valberto Lira. A situação não ficará boa para a população, completou o promotor Clístenes Bezerra.
De acordo com a desembargadora Maria das Graças, o TRE da Paraíba terá muitos prejuízos, inclusive financeiro, já que a biometria no estado, prevista para ser encerrada em dezembro deste ano, terá que ser refeita em muitos locais; prédios próprios ficarão sem uso; e a logística também deverá ser prejudicada.
Fonte: MPPB