O deputado federal paraibano Efraim Filho confirmou a permanência do Democratas na base de sustentação do governo do presidente Michel Temer, ressaltando que a deliberação foi tomada pelo partido depois de reunião com o peemedebista no final de semana. O parlamentar justificou que Temer tem feito um excelente trabalho e, além do mais, há agendas de grande relevância que precisam ser cumpridas em paralelo – uma, a denúncia contra Temer formulada pelo executivo Joesley Batista, da JBS, e a pauta econômica que exige atenção especial e colaboração do Congresso para manter a estabilidade no país.
Efraim Filho justificou que o país está nos eixos, do ponto de vista econômico, enquanto do ponto de vista político o que não está nos eixos está sendo investigado e consequentemente corrigido pela Operação Lava-Jato. “O momento é de trabalho e de busca da estabilidade. Não tem sentido precipitar qualquer outra posição antes do julgamento de mérito pelo Supremo Tribunal Federal sobre as denúncias acerca do presidente”, pontuou o parlamentar do DEM. Pessoalmente, Efraim Filho defende Temer das insinuações de que seria conivente com o pagamento de propinas para “compra” do silêncio de ex-deputados como Eduardo Cunha, que está preso. Efraim classificou de benevolente o tratamento dado pela Justiça aos delatores da empresa JBS.
Em João Pessoa, o deputado estadual João Henrique, do DEM, divulgou nota informando que foi citado de maneira indevida em alguns sites de notícias da Paraíba como beneficiário de doações da JBS para campanha eleitoral. Textualmente, pondera João Henrique: “O irrisório valor de 700 reais citado nas matérias corresponde, na verdade, a uma mera doação de materiais de campanha, mais precisamente “santinhos”, encomendados pelo deputado federal Wellington Roberto, do PR, que fez dobradinha comigo em alguns municípios paraibanos”. João Henrique assegurou que jamais teve qualquer contato com proprietários ou representantes da JBS nem solicitou ou recebeu qualquer tipo de doação da empresa. Esclareceu que todas as suas prestações de contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral e que, nesse sentido, está com a consciência tranquila, sem nada a temer.
Por Nonato Guedes