O governador Ricardo Coutinho (PSB) anunciou, ontem, que trabalhará com afinco para eleger o seu sucessor na disputa de 2018 e insistiu em revelar que o perfil da candidatura ao Palácio da Redenção deve estar afinado com o projeto de gestão executado na Paraíba desde 2011, quando se investiu pela primeira vez no cargo. O gestor, segundo o jornal Correio da Paraíba, enfatizou que não vai descansar até obter a definição que considera apropriada e avisou que está aberto a alianças com quaisquer partidos ou agrupamentos que se comprometam com a filosofia do modelo administrativo posto em prática.
O fator “tempo” não parece intimidar o chefe do Executivo, que lembrou que em 2010 decidiu ser candidato pouco tempo antes da eleição, no mês de setembro. Sua expectativa, portanto, é de que as definições sejam processadas no limite do período pré-eleitoral, ou seja, em 2018, quando se dará o embate entre forças políticas da situação e da oposição. O governador evita mencionar nomes, embora eles estejam sendo especulados, como o do secretário de Recursos Hídricos, João Azevedo ou o da deputada Estelizabel Bezerra. Nos últimos dias entrou nas cogitações a provável candidatura do ex-presidente da Famup e deputado estadual licenciado Rubens (Buba) Germano, atualmente pilotando a secretaria de Desenvolvimento e Articulação Municipal.
Coutinho recorda que ao se lançar candidato, renunciando à prefeitura de João Pessoa para a qual havia sido reeleito em 2008, assumiu compromisso claro com a modernidade no estilo de administrar, eliminando privilégios e enfocando demandas prementes da população. Ele acredita, numa retrospectiva dos fatos, que não fugiu desse desideratum e avalia que os resultados correspondem ao que foi planejado e colocado em prática. “O projeto não é a figura de Ricardo, mas, sim, a forma de ver a política, o Estado e as ações que são realizadas e que precisam de continuidade”, expressou ele. Para o governante, seria lamentável que a Paraíba experimentasse retrocessos depois dos avanços conquistados nos últimos anos, com a valorização da Cidadania e a mudança de mentalidade quanto ao papel do Estado como agente público.
Nonato Guedes