O vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior, do PMDB que está no exercício do mandato com a licença requerida por Luciano Cartaxo (PSD) em função de viagem à Espanha para participar de fórum que pode atrair investidores para o Estado da Paraíba, disse que prefere passar ao largo de polêmicas que estão sendo travadas nos bastidores ou na mídia tendo como pano de fundo equações para a disputa ao governo do Estado em 2018. Ele salientou que, pessoalmente, torce por um acordo das oposições e que veria com bons olhos a candidatura de Luciano ao governo, pela possibilidade de vir a assumir a titularidade da prefeitura da Capital.
Júnior salientou, porém, que tudo vai depender de entendimentos que irão se processar, amiúde, entre partidos afins, que estiveram unidos na campanha de 2016 em que Luciano foi reeleito, tendo como vice o peemedebista. “Caso venha a me investir na titularidade para completar o mandato, certamente estarei preparado para administrar os desafios, já que tenho acompanhado de perto o desenrolar dos projetos da administração de Luciano Cartaxo”, frisou. Ao mesmo tempo, admitiu que tem procurado colaborar com o êxito da administração, utilizando sua influência nos escalões federais para destravar recursos e obras que porventura estejam engavetadas mas que são essenciais para a consecução do projeto administrativo de Cartaxo.
O prefeito em exercício chegou a desabafar que não trabalha com perspectiva de “Plano B” no contexto das opções que estão sendo colocadas para discussão preliminar. Ressaltou que antes da viagem à Espanha o prefeito Ricardo Coutinho repassou-lhe informações circunstanciadas acerca do desempenho da máquina administrativa e de iniciativas que precisam ser tomadas por fazerem parte de um cronograma elaborado por antecipação pelo titular Luciano Cartaxo. Uma de suas primeiras iniciativas, ao assumir efetivamente o cargo, foi a de inspecionar obras em andamento. De acordo com Júnior, não se tratou de mera formalidade, mas de interesse em dispor de informações para agir se houvesse necessidade. Ele comenta que as suas relações com Luciano Cartaxo são as melhores possíveis e que essa afinidade é essencial para a execução de programas abrangendo obras estruturantes.
Para Júnior, as definições políticas propriamente ditas deverão ser adotadas num contexto de diálogo entre dirigentes e expoentes de cúpulas de partidos interessados em promover alianças ou coligações para a disputa de 2018. Prevê que o governo vai jogar pesado para tentar dividir e neutralizar o bloco oposicionista, mas advertiu que “há vida inteligente” também nas oposições e que estas terão sua estratégia segura à medida que os acontecimentos forem se desdobrando. “De minha parte, ponho-me em estado de expectativa e à inteira disposição para cumprir missões administrativas e para opinar – se necessário – sobre questões políticas”, arrematou o gestor.
Por Nonato Guedes