Apesar de respeitar a posição do governador Ricardo Coutinho (PSB) de não assumir o projeto de uma candidatura ao Senado nas eleições do próximo ano, o Chefe de Gabinete do governador, Nonato Bandeira, dirigente do PPS, é favorável a essa candidatura por entender que o gestor é um nome qualificado para representar o Estado e tem possibilidade de contribuir para oxigenar o processo político brasileiro. Bandeira, que foi vice-prefeito de João Pessoa e deverá concorrer a um cargo eletivo, não definido, em 2018, comentou que o processo político no País está, infelizmente, criminalizado, e citou como exemplo o afastamento do senador tucano Aécio Neves, lamentando que hoje um ministro do Supremo Tribunal Federal tenha determinado a sua reinvestidura, ignorando acusações de que o parlamentar mineiro foi beneficiado por propinas.
Em entrevista ao programa “Sem Censura”, ancorado pelos jornalistas Antônio Malvino, Lenilson Guedes, Leo Ferreira e Marcelo Piancó, na rádio Pop FM, do Sistema RPN de Comunicação, Nonato Bandeira, que é jornalista, destacou os resultados do esforço administrativo de Ricardo Coutinho, salientando que ele conseguiu manter a Paraíba numa posição de equilíbrio econômico a despeito da conjuntura nacional adversa. “A Paraíba é, hoje, o sétimo Estado brasileiro mais equilibrado financeiramente e o sexto em matéria de investimentos, o que demonstra a competência do governador Ricardo Coutinho para fazer face aos desafios”, expressou Nonato Bandeira. O presidente do PPS alertou que, além do mais, “com a criminalização da atividade política e a queimação de alguns expoentes da política, seria um desperdício a Paraíba abrir mão da contribuição de Ricardo Coutinho, que tem sido eticamente correto e responsável com a aplicação dos recursos públicos.
Nonato Bandeira reproduziu o raciocínio do governador Ricardo Coutinho de que a sua prioridade maior é para que não seja interrompido o projeto administrativo que vem colocando em prática. Por isso, o chefe de Gabinete argumentou que a definição de um nome do esquema oficial para concorrer ao Palácio da Redenção não deve ser precipitada, devendo ocorrer após consultas junto aos aliados que seguem a orientação e a liderança de Ricardo. “O importante é que o atual governo tem um projeto e este projeto deve ser continuado sem prejuízo dos interesses da Paraíba. O candidato a ser indicado deve estar necessariamente comprometido com esse projeto, que mudou a mentalidade dominante no Estado em relação à coisa pública”, acrescentou o auxiliar do gestor socialista.
O Chefe de Gabinete avaliou que há nomes representativos tanto na classe política como dentro do governo que podem, “perfeitamente”, traduzir a continuidade das mudanças administrativas implantadas pelo governo Ricardo Coutinho. Evitou citar especificamente algum nome e deixou no ar a hipótese, também, de vir a ser escolhido um candidato que não esteja propriamente enfronhado com a militância política mas que tenha visão e perspectiva de futuro, bem como identidade com as mudanças que o governador Ricardo Coutinho tem adotado em dois períodos de governo. Nonato Bandeira concluiu criticando as oposições que, conforme ele, “têm nomes mas não possuem projeto concreto em benefício do povo a apresentar ao julgamento nas eleições”. E quanto ao perfil político do governador Ricardo Coutinho arriscou até o prognóstico de que ele é quadro para compor uma chapa em nível nacional. “A decisão sobre o que pode ser melhor para esse projeto e para o esquema que lidera é exclusiva do governador”, disse Nonato Bandeira.
Nonato Guedes