O radialista Sidney Marques Costa, de 47 anos, que é de Patos, mas está residindo e trabalhando em Itaporanga, foi preso por policiais militares na tarde dessa segunda-feira, 3, por agressão física e cárcere privado contra sua própria companheira, uma mulher natural da cidade paraibana de Areia de Baraúnas e que estava convivendo com ele havia um mês.
Conforme o delegado Renato Leite, que foi quem procedeu o flagrante, a mulher, que tem 29 anos, foi vítima de três crimes, entre os quais lesão corporal grave. O médico constatou que, em função das agressões, a mulher sofreu um sangramento e teve um aborto, comentou o delegado, que encaminhou a vítima ao hospital ao perceber a gravidade do seu quadro de saúde. Ela chegou à delegacia com marcas de agressão, sangramento e com dificuldades de falar.
O delegado informou também que a mulher era mantida em cárcere privado e o acusado escondia a bateria do celular dela para que não tivesse contato com ninguém. Como não tem familiares em Itaporanga, ela viveu dias de sofrimento e apreensão até que, nessa segunda-feira, conseguiu encontrar a bateria do telefone e ligou para a mãe, que a orientou a acionar a polícia. Os policiais foram até a casa, depois de prender o agressor na rua, e constataram que a mulher estava trancada dentro da residência. Horas depois, a mãe da vítima chegou à cidade e passou a acompanhá-la
Sidney, em seu depoimento, negou o crime e disse que os hematomas no corpo da mulher eram provenientes de uma queda que ela havia sofrido no banheiro, mas não convenceu o delegado, porque, conforme Renato Leite, há provas suficientes do cometimento de três delitos pelo radialista contra a sua própria companheira: lesão corporal grave, cárcere privado e ameaça. Depois de autuado em flagrante, ele foi recolhido à cadeia pública.
Em seu depoimento, a mulher disse que conheceu o radialista na cidade onde ela morava durante as eleições do ano passado e iniciaram um namoro, e tudo transcorria dentro da normalidade, mas, quando ela passou a residir com o homem em Itaporanga, começaram os problemas: ela era impedida de sair de casa, sofria ameaças e agressão. Depois da triste passagem por Itaporanga, a mulher, agora, deverá retornar ao convívio da família em sua cidade.
Fonte: portal Mais Patos