O deputado federal Luiz Couto, do Partido dos Trabalhadores da Paraíba, em pronunciamento na Câmara, fez duras críticas ao governo do presidente Michel Temer, tomando como base as denúncias formuladas pela Procuradoria-Geral da República. Avaliou, também, o fato de que ministros da extrema confiança do presidente estão envolvidos em escândalos diversos. “A verdade é que o governo está com a credibilidade minada a cada dia e até os próprios aliados afirmam que sua situação é insustentável, o que dá uma medida exata da instabilidade em que a gestão se encontra”, frisou. E arrematou: “É um governo sujo como pau de galinheiro”.
Luiz Couto pregou que seja dado prosseguimento na ação de investigação do envolvimento do presidente da República em atos de corrupção passiva, tal como foi sugerido pelo documento da Procuradoria-Geral da República. O parlamentar petista disse que Michel Temer, quando exercia a função de vice-presidente, agiu como um traidor da presidente Dilma Rousseff, operando ativamente nos bastidores, em ritmo de conspiração, para a sua derrubada. “Hoje, ele está exposto como alvo, com isto desacreditando a imagem de moralidade que tentou passar à opinião pública. Na prática, está isolado, interna e externamente”.
O deputado petista assinala que cresce o clamor popular em torno da convocação de eleições diretas para a presidência da República, mencionando que são elevadíssimos os índices de rejeição do presidente Michel Temer e que o governo está praticamente paralisado, sem qualquer iniciativa para atender a demandas cruciais da população”. O parlamentar considerou desastradas as propostas de reformas encaminhadas pelo presidente Temer ao Congresso Nacional, principalmente as reformas previdenciária e trabalhista. “Houve um nítido retrocesso nas propostas do governo, como parte de uma orquestração deliberada para barrar os avanços que haviam sido conquistados nos governos de Lula e Dilma, como expressão dos anseios populares”, frisou Luiz Couto. Ele concluiu pedindo que haja uma solução urgente para a crise institucional, alegando que a chamada governabilidade está colocada em risco.
Nonato Guedes, com assessoria