O governo federal tenciona repassar à iniciativa privada pelo menos dezenove aeroportos, entre os quais o paraibano “Castro Pinto”, atualmente administrado pela Infraero e que fica na região metropolitana de João Pessoa, nos domínios próximos ao município de Bayeux. O conselho do Programa de Parcerias de Investimentos deverá apreciar no dia 23 de agosto a proposta de repasse à iniciativa privada dos aeroportos controlados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária.
De acordo com informações divulgadas pelo ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, os referidos aeroportos deverão ser leiloados em blocos, que terão terminais superavitários e deficitários. No Nordeste, além do Castro Pinto, deverão ser incluídos os aeroportos do Recife, Maceió,Teresina, São Luis, Aracaju e das cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro do Norte (CE). No Centro-Oeste deverão figurar na relação os terminais de Cuiabá, Sinop, Barra do Garças e Alta Floresta, todos em Mato Grosso. Já no Sudeste devem ser incluídos os aeroportos de Santos Dumont (Rio de Janeiro), Vitória, Macaé ee Jacarepaguá (RJ), Campo de Marte, em São Paulo, e o aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte.
Em audiência pública de que participou, o secretário de Fomento e Parcerias do ministério, Dino Antunes Dias Batista, disse que a construção da Ferrovia Bioceânica entre Brasil e Peru está na dependência de um acordo a ser celebrado entre os países. De conformidade com ele, o principal problema é que o Peru quer que a ferrovia passe por uma região que está a quatro mil metros de altitude, politicamente importante para o país, mas que custaria R$ 20 bilhões a mais do que a rota sugerida pelo Brasil. O ministro desmentiu as versões de que haja intenção de privatizar a Infraero, mas admitiu que parte dela poderá ser aberta ao capital privado.