O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), João Medeiros, acredita haver indícios de infração na concessão de atestados médicos na Assembleia Legislativa. O caso mais recente envolve a licença do deputado Jullys Roberto, que vai se afastar de suas atividades, a fim de que assuma o suplente Aníbal Marcolino.
Para ele, não há necessidade de um afastamento prolongado, superior a 120 dias. A sua avaliação é que se trata muito mais de acomodações políticas, do que propriamente de um tratamento sério de saúde.
“Se há interesse de se fazer acomodações entre os parlamentares, que a Assembleia crie normas, crie regras pra isso e não usar de um atestado, que é gracioso, para atender uma acomodação política. Nós não concordamos com isso. Evidentemente, isso representa um ilícito ético e nós vamos certamente abrir sindicância, vamos convocar o profissional envolvido nisso e abrir sindicância”, afirmou.